Eu e SÓ EU...

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Como EU sou...

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Bom Dia, Boa Noite... "essas coisas"!

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PORTUGAL é "só isto"...?!... NÃO... essencialmente, é UM POVO...!!!

Provérbios

“Só um sentido de invenção e uma necessidade intensa de criar levam o homem a revoltar-se, a descobrir e a descobrir-se com lucidez”. (Pablo Picasso)

PORTRAIT




Não importa quantos passos você deu para trás, o importante é quantos passos, agora, você vai dar para frente.

Gedeão


Eu, quando choro, não choro eu. Chora aquilo que nos homens em todo o tempo sofreu. As lágrimas são as minhas mas o choro não é meu.A.Gedeão

A(o)s que me deixam MENOS alone...!!!

sábado, 9 de julho de 2011

Mariah Carey - I Want To Know What Love Is




alone: curioso!... EU, também...!!!


Posted by alone Dated09jul2011

A amizade que acaba é porque nunca começou



Amigo é o que fala o que o outro não quer ouvir; na relação sólida, o tempo não afasta, adia; pesquisadores tentam explicar a amizade


Amizades, paixões, ternura: temas que, à primeira vista, parecem ser de interesse apenas da vida privada, assunto particular, já atraem pesquisadores de várias ciências, das humanas às médicas.

No Brasil, o Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia da Emoção (Grem), especialização ainda pouco conhecida, estuda os mecanismos que sustentam fenômenos considerados subjetivos como as amizades e o modo como estas moldam a sociedade e são moldadas por ela.

"Ao ser amigo, eu deixo de ser singular, tenho regras, mesmo que implícitas, de conduta, de comportamento, de afeto. Amizades fazem com que as pessoas consigam administrar um tipo de vida, ter projetos como indivíduo, atuar e cumprir seu destino na sociedade",
diz o antropólogo Mauro Koury, professor da Universidade Federal da Paraíba e coordenador do Grem.

Amizade aqui é entendida como a duradoura, a sólida, ressalva que se faz ainda mais necessária por causa da banalização da palavra -o brasileiro chama de amigo o garçom, o flanelinha e até o desconhecido a quem pede uma informação na rua. Mas as amizades longas são as que contam.

"Amizade que acaba é porque nunca começou. Se não for algo que sai do pragmático, do imediato, não é verdadeiro",
diz o filósofo e colunista da Folha Mario Sergio Cortella.
Esse "ciclo longo" de relacionamento, segundo denomina o antropólogo José Guilherme Magnani, do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo, não tem como base o trabalho ou lealdades específicas.
A disponibilidade de trocas a longo prazo é o que sustenta as parcerias no decorrer do tempo, diz o antropólogo.

O que faz surgir aquela amizade "para sempre" está além das explicações da razão. "Não é optativo. Todos tropeçam em pessoas com quem teriam esse tipo de relacionamento, mas podem reconhecê-las ou não naquele momento",
diz o psicanalista Armando Colognese Jr., supervisor do curso de formação em psicanálise do Instituto Sedes Sapientae, de São Paulo.

Embora não se conheça por completo a química da amizade, Colognese acredita que ela não acontece, pelo menos na forma duradoura e produtiva, com pessoas muito iguais entre si. "A amizade requer aquele raro ponto médio entre semelhança e diferença",
escreveu o filósofo norte-americano Ralph Waldo Emerson (1803-1882).

Outra característica que diferencia as amizades de longa data é a possibilidade de confronto sem ruptura. "Se você me importa, eu me incomodo com você. Incomoda-me se você está certo, errado, o que você fala e até a forma de você se vestir",
diz Cortella.

Amigo é quem pode falar aquilo que não gostamos de ouvir. O administrador de bufê Walter Pires Jr., 46, viveu essa situação com a fonoaudióloga Gláucia Domingues, 45, sua amiga há mais de 30 anos. Pires conta que, certa vez, disse à Gláucia que discordava do caminho que ela estava tomando no campo sentimental. A resistência da fonoaudióloga a ouvir os conselhos do amigo o levou a encerrar o assunto, mas não sem antes avisar: "Tudo bem, mas não peça mais a minha ajuda".
Pires acredita que essa frase tenha feito "cair a ficha" e, passado o tempo regulamentar de cicatrização de mágoas, a amizade voltou a ser o que era.

A possibilidade de superar mágoas também é pressuposto e resultado de amizades duradouras, diz Colognese. Requer maturidade, é óbvio, e também uma das maiores virtudes do ser humano, segundo o psicanalista, que é a capacidade de reconhecer os próprios limites e saber onde procurar o que falta
-e a amizade é um espaço privilegiado para essa busca.

As amizades longas são mais raras porque, mesmo que surgidas num golpe do acaso, dão muito mais trabalho. "Amigo pede dinheiro emprestado, bebe, dá um trabalhão, mas você sabe que um dia estará carregando a alça do caixão dele e chorando sua partida sem saber bem o motivo", diz Cortella. É um esforço mais de compreensão e aceitação do diferente do que de convivência física. "Nem é preciso encontrar-se sistematicamente, há um pressuposto de que a amizade exista", diz o antropólogo Mangnani. Na amizade sólida, o tempo é uma contingência.
Não afasta, apenas adia.

Ao lado da afinidade e do respeito, a criação de certos rituais reaviva o pacto de confiança ou lealdade que, para Koury, é elemento fundamental da amizade longa.
Ele diz que, em certas sociedades, como as indígenas, os rituais são muito precisos, com regras predeterminadas. Na sociedade ocidental, os rituais são criados um pouco aleatoriamente.

Grandes amigos se descobrem no prezinho ou na maturidade


O administrador Walter Pires Jr., 46, e a fonoaudióloga Gláucia Domingues, um ano mais nova que o amigo, se conheceram nos primeiros anos de escola e não se largaram mais. Fizeram peça de teatro juntos, filme amador em super-oito ("o famoso "Família Applecake'"), até análise fizeram juntos. É uma amizade em que o tempo de ver-se não é importante, diz Pires. Temporadas distantes só aumentam o prazer do reencontro, "puro deleite", diz Gláucia Domingues.
Para Pires, a longevidade da amizade é explicada por uma mistura de emoção e inteligência, sempre permeada de carinho.

Nas longas e sólidas amizades, a diferença de idade não conta nada. Para o advogado José Gregori, 73, amigos mais jovens são um privilégio e prova de ter tido uma vida muito boa. "Recomendo a todos que vivam muito bem e ainda tenham esse adicional na velhice, que é um amigo jovem."
Gustavo Hungaro, 44 anos mais novo, diz que seu vínculo com o advogado mais velho ultrapassou as fronteiras de idade e de trabalho para transformar-se numa amizade muito prazerosa.

Concepção de amizade ao longo do tempo

Antiguidade:
principalmente na Grécia dos séculos 4º e 5º, a amizade era uma virtude a ser exaltada, parte da ética. Uma das mais importantes obras de referência sobre a amizade é justamente "Ética a Nicômano", de Aristóteles.

Idade Média:
a amizade implicava demonstrações de coragem e lealdade, bem ilustrada na saga do rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda. Fim do século 15: o descobrimento de outros mundos cria condições de compreender a amizade de novas formas, a possibilidade de tolerância e convivência com o diverso.

Mundo contemporâneo:
a precariedade dos relacionamentos e a convivência obrigatória valorizam a amizade como um espaço privado sem ser solitário, no qual as pessoas podem manifestar suas subjetividades.

IARA BIDERMAN

Fonte: textos_legais.sites.uol.com.br/






Posted by alone Dated09jul2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A TV Como Instrumento Redutor





Porque é que a TV foi essa «caixinha que revolucionou o mundo»? Faço a pergunta e as respostas vêm em turbilhão. Fez de tudo um espectáculo, fez do longe o mais perto, promoveu o analfabetismo e o atraso mental. De um modo geral, desnaturou o homem. E sobretudo miniturizou-o, fazendo de tudo um pormenor, isturado ao quotidiano doméstico. Porque mesmo um filme ou peça de teatro ou até um espectáculo desportivo perdem a grandeza e metafísica de um largo espaço de uma comunidade humana.

Já um acto religioso é muito diferente ao ar livre ou no interior de uma catedral. Mas a TV é algo de minúsculo e trivial como o sofá donde a presenciamos. Diremos assim e em resumo que a TV é um instrumento redutor. Porque tudo o que passa por lá chega até nós diminuído e desvalorizado no que lhe é essencial. E a maior razão disso não está nas reduzidas dimensões do ecrã, mas no facto de a «caixa revolucionadora» ser um objecto entre os objectos de uma sala.

Mas por sobre todos os males que nos infligiu, ergue-se o da promoção do analfabetismo. Ser é um acto difícil e olhar o boneco não dá trabalho nenhum. Ler exige a colaboração da memória, do entendimento e da imaginação.

A TV dispensa tudo. Uma simples frase como «o homem subiu a escada» exige a decifração de cada palavra, a relação das anteriores até se ler a última e a figuração do seu sentido e imagem correspondente. Mas na TV dá-se tudo de uma vez sem nós termos de trabalhar. Mas cada nossa faculdade, posta em desuso, chega ao desuso maior que é deixar de existir. Mas ser homem simplesmente é muito trabalhoso. E o mais cómodo é ser suíno...

Vergílio Ferreira, in "Escrever"

Fonte: citador.pt




Posted by alone Dated08jul2011

Setúbal











Devo dizer sem qualquer tipo de demagogia que é uma das minhas grandes paixões. Alia a riqueza natural da Serra da Arrábida e do Rio Sado com a seriedade e a humildade dos seus mais de 113 mil habitantes. Situada a cerca de 50 Km da capital portuguesa, é ainda assim, uma cidade que continua a querer desprender-se de Lisboa pois é uma cidade autónoma que felizmente não se pode considerar ainda um dormitório da capital. É esta uma das coisas que move os setubalenses e todos aqueles que amam a cidade do Rio Azul cuja baía pertence ao clube das mais belas baías do mundo.

É uma cidade virada para o mar que teve na altura das fábricas conserveiras o seu auge de importância no panorama nacional. Com o encerramento destas fábricas, o desemprego na cidade cresceu de um modo exagerado provocando uma enorme crise na população sadina. Ainda assim e apesar de todas as dificuldades que ainda hoje passam, os setubalenses e os que vieram viver para Setúbal sabem defender a sua cidade em qualquer parte do mundo como poucos o conseguem.

O grande embaixador da cidade é, sem sombra de dúvidas, o Vitória Futebol Clube (V.Setúbal e não "o Setúbal"). Clube que gera paixões na maior parte dos setubalenses, é um dos emblemas mais importantes do futebol nacional.

A baixa é o lugar de encontro dos sadinos, lugar onde podemos conversar, fazer compras e admirar a bela Praça do Bocage ou a importante Avenida Luísa Todi, comer o delicioso choco frito à setubalense ou o peixe assado mais fresco de Portugal.

No Rio Sado podemos encontrar os bonitos e inteligentes golfinhos ou ruazes corvineiros assim como dar um mergulho nas águas fluviais mais azuis do nosso país.

Será demagogia da minha parte dizer que apenas podemos encontrar coisas boas em Setúbal pois toda a gente sabe que não é bem assim. Problemas como a toxicodependência e a pobreza estão, infelizmente, bem marcados nesta Península. No entanto, penso que as coisas boas da cidade como são as mais bonitas marchas populares de Portugal, a mais bela baía do mundo ou as praias (Tróia, Arrábida) são motivos mais do que suficientes para a sua visita a Seúbal. Já agora, dê um salto ao maravilhoso estádio do Bonfim (a verdadeira catedral do Sul do país) e ao Mosteiro de Jesus...verá que não se arrependerá!

Fonte: http://vfcsad.no.sapo.pt/setubal.htm





Posted by alone Dated08jul2011

"DIZ O RÔTO AO NÚ PORQUE NÃO TE VESTES TU...!" - HABIB'S UMA "LIÇÃO" DE ESTUPIDEZ E "OFENSAS" A PORTUGAL E AOS PORTUGUESES!...


Portugueses se irritam com piada em campanha do Habib’s



O lucro "engorda" no Habib's contando anedotas dos "estúpidos Portugueses"...!




Uma propaganda da rede de lanchonetes Habib’s para promover seu bolinho de bacalhau não foi bem recebida pela comunidade portuguesa, que acionou órgãos de defesa do consumidor.
A campanha diz que o preço do produto é “uma piada” e faz brincadeiras jocosas -”Como se chama um homem inteligente em Portugal? Turista”. Uma das piadas no papel das bandejas é: “Qual é o único português que serve para alguma coisa? O Manuel de instruções”.
Lê-se ainda: “As piadas são uma homenagem. Afinal, o dono do Habib’s também é português”.
O Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo diz que recebeu ao menos dez denúncias. Trata-se de discriminação contra o consumidor”, diz seu presidente, José Geraldo Tardin.
Ele afirma que entrou com representação no Conar (conselho de autorregulamentação publicitária), que não confirmou o recebimento.
A portuguesa Maria Teresa Ferreira Nunes, há 29 anos no Brasil, diz que se sentiu humilhada e constrangida. “Não tinha nada de propaganda, era só piada de português.”
O material foi para as 340 lojas da rede, em 17 Estados. A campanha durou um mês, e os folhetos começaram a ser trocados nesta semana.
O Habib’s afirma que a decisão não tem relação com as queixas, que não recebeu reclamações e que não há “conotação pejorativa”.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0807201110.htm

Fonte: http://paulorios.org/




Nota de alone: a brincar, a brincar é que se diz que o macaquinho "foi" à c.... da mãe...!!! O Habib's não necessitava de entrar numa "saga de sacanices aos Portugueses" para dizer que vende Produtos Portugueses (aliás de "os vendesse" não chamaria "bolinhos de bacalhau" aos "pastéis de bacalhau"), esses SIM, legítimamente Portugueses. Nem os Pastéis de Belém teriam o "nome deturpado"... enfim, arabescos de um Habib's que vê no LUCRO uma forma de "denegrir" TODO UM POVO!...

Aliás, de anedotas, estamos "conversados: quando o Presidente Soares chegou ao Rio de Janeiro e, já chateado, com as "perguntinhas" sobre as anedotas Portuguesas no Brasil pela Comunicação Social, respondeu a esta pergunta: por que é que os Portugueses não fazem anedotas dos Brasileiros em Portugal?! - Ele -de imediato- respondeu: de quem não fazemos anedotas? Dos Brasileiros?:!... - Não é nem necessário as fazer...!!!...


Um APELO: BOICOTE DOS PORTUGUESES À CADEIA HABIB'S enquanto NÃO HOUVER UMA RETRATAÇÂO DA "MERDA QUE FIZERAM"...!!!


Somos pobrezinhos mas honrados e de "parvos" só temos aquele "probleminha" do "achamento"...!!! De resto...???!!!




Written and Posted by alone Dated08jul2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Lisboa - RAO KYAO








Fotografia de Lisboa, música (Fado Mouraria) por Rao Kyao


Posted by alone Dated07jul2011

Tezinha, Fofinha, só minha



O zelador do edifício, que também era o zelador da moral dos moradores, foi unânime: o rapaz sempre se portou dentro dos conformes. Fechava a porta do apartamento por fora depois que saía e por dentro depois que entrava, além de ter um olho-mágico para espiar antes de abrir. Mulheres, que ele visse, nunca botou pra dentro. Empregada não tinha, só talvez um criado mudo, pois quando ele não estava e o telefone tocava, ninguém atendia.

A faxineira de uma vez por semana era testemunha ocular de que nunca viu nada. Se ele possuía vida íntima, era dentro do armário embutido. Todos no edifício daquele lado sabiam: abrindo a porta do armário tinha um varalzinho pra gravata, onde podia muito bem se pendurar uma mamulenga vazia que nem aquela. Mas vivia de chave passada e não sabia onde enfiada, não que ela, faxineira que dava referências, fosse de mexer nesses particulares.

O já qualificado solteiro confessou que realmente. Ele coabitava a sós. Sempre sonhou com algo no gênero e um dia viu, numa revista masculina especializada, o seu sonho tornado realidade: a mulher ideal, não uma simples mulher, mas uma verdadeira boneca. Recortou o cupom e encomendou uma com uma peruca sobressalente para variar. Só ele sabia a dupla ansiedade com que esperou o dia da entrega.

Ela chegou de porte leve, de corpo completa e tão perfeita depois de inflada, que ele mal pôde crer quando, ajoelhado a seus pés sentiu uma marquinha em relevo nas solas que beijava, onde se lia Life Size Dolls Inc. Na intimidade, porém, chamava-a de Tezinha e não tinha com ela outros momentos. Isso morena. Quando estava de loura a esvaziava um pouco e chamava-a de Fofinha. Essa a sua vantagem: podia ser chamada pelos nomes que na hora ele bem quisesse, sem precisar se envolver com as mencionadas. Não se justificava, portanto, a atitude daquele senhor — diante de cuja senhora ele sempre demonstrou o mais respeitoso desprezo —, invadindo o seu domicílio com indignação e compostura.

Foi um minuto de constrangedor silêncio: podia-se ouvir até o tique-taque do relógio, se ele não fosse digital. De repente os dois estampidos, o cheiro de tiro e de vinil perfurado. Os gritos das mulheres do edifício sãs e salvas lá fora, o corre-corre no corredor. E sua Tezinha, Fofinha, murcha, estrebuchada, a peruca subitamente desproporcional rolando longe.

Como o indigitado senhor alegou em juízo perfeito, foi privação dos sentidos. Seu advogado, aliás, deu-lhe inteira razão. Quem, cego pela paixão, alguma vez errou o alvo? Ao flagrá-la ali, assim, nos braços de outrem, ele julgou que fosse aquela que ele mantinha no recesso do seu próprio armário embutido, momentaneamente esquecido, senhores jurados, de que tais bonecas são fabricadas em série.

Fortuna

Fonte: Texto extraído do livro “Acho tudo muito estranho (já o prof. Reginaldo, não)”, Editora Anita Garibaldi – São Paulo, 1992, pág. 73.






Posted by alone Dated07jul2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O valor do estudo (PIADA de cabeças-duras...!)



Dois amigos conversam no bar. Um deles tinha acabado de entrar na faculdade e começa a esnobar:
- Você sabe quem foi João Goulart?
- Não sei, não...
- E Aristóteles, você sabe quem foi?
- Nem imagino...
- Você sabe quem foi Mulamba Wa Kadima?
- Não sei, cara! Não enche o saco!
- Você é muito burro, meu! Isso que dá não estudar...
- Pois é... - concorda o amigo - E eu, posso te fazer uma pergunta?
- Claro! - responde o sabichão, convicto - Pode perguntar o que quiser!

- Você sabe quem é João Mata-Leão?
- João Mata-Leão? - exclama ele - Nunca ouvi falar... Quem é?
- É o cara que come a sua namorada enquanto você tá estudando!

Fonte: NET



Posted by alone Dated06jul2011


Phil Collins - Another Day In Paradise




alone: um "aposentado" com uma música e uma voz "sedutoras"...!!!


Posted by alone Dated06jun2011

Os "PONTOS" nos iiiiiiiii's....



Certamente que muitos das minhas/meus seguidores se interrogam das razões que me levam a não visitá(o)-la(o)s.


Muito simples a resposta: o BLOGGER é o ÚNICO e PRINCIPAL RESPONSÁVEL por TUDO "isso". Continuamos (pelo menos eu continuo...) à espera das "Cosas en su sítio", ou seja, que aquilo a que TEMOS DIREITO esteja acessível para nós!...


Um dia tenho a lista dos "seguidores". Daquí a minutos... não tenho! Quero comentar?! P'ra uns eu comento de forma ABSOLUTAMENTE NORMAL, para outros como ARAS e buscando o URL, para outros ainda sou "ANÓNIMO" e, em outros, NEM CONSIGO COMENTAR!...


Ora a "coisa, assim, TÁ PRETA"...!!!


Como não gosto de passar por MENTIROSO e porque costumo chamar os "bois pelos nomes", o BLOGGER é o ÚNICO responsável desta situação que se arrasta, arrasta, como "prisioneiro com correntes numa masmorra"...!!!




Estes são "bois" e chamo-lhes "bois...!!!



Até quando, BLOGGER...?!...




Written and Posted by alone Dated06jul2011



Entrei no café com um rio na algibeira



Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...

A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores
a concebê-las.

Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.

E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.

José GOMES FERREIRA



Fonte: astormentas.com


Posted by alone Dated06jul2011


terça-feira, 5 de julho de 2011

Agostinho, Agostinha - Ivone Silva e Camilo de Oliveira




alone: eu "piso e repiso" esta "moléstia" muitas e muitas vezes. Em Portugal, havia e há escritores, artistas diversos e "gente" como a Ivone e o Camilo que, já em 1983, mostravam que o País estava a caminhar para... ficar TUDO "GROSSO"...!!! E, realmente, tal como o Solnado alguns anos antes deles, tudo está mais que CONFIRMADO! É "gente" que anda(va) MUITO Á FRENTE do FUTURO (incluo aqueles que lhes escreviam alguns dos textos, claro...!) e sabia a PORCARIA que aí vinha... e em que, infelizmente, "estamos atolados" até ao PESCOÇO !...


Posted by alone Dated05jul2011


"Do Diário de Mamãe" de João Ubaldo Ribeiro



QUERIDO DIÁRIO,


Hoje eu não ia escrever. Você sabe que eu sempre digo que não vou escrever nada na manhã do Dia das Mães, mas acabo mudando de idéia, acho que é um preparo psicológico importante. A análise não adiantou nada, só me forneceu algumas palavras para designar as minhas neuras, que por sinal agora atendem todas as vezes em que são chamadas por seus nomes freudianos. Antigamente, quando eu não as conhecia tão cientificamente, elas eram menos metidas, tinham pelo menos um certo pudor, não ficaram tão assim emergentes, minhas neuras hoje são umas peruas emergentes insuportáveis. Diário é muito melhor do que análise, não dá palpite nem fornece status à nossa maluquice. Aconselho.

Sim, querido, Dia das Mães novamente. O do ano passado parece que foi ontem. Ele, como sempre, está entusiasmadíssimo, é o rei do Dia das Mães. Aliás, é o rei de todos esses dias, porque sempre ganha presentes. Como hoje, por exemplo. Oficialmente, é o meu presente, claro. Ele acha que eu não sei, mas vi a nota de venda no bolso do paletó dele e a caixa mal-disfarçada, meio escondida por trás das almofadas velhas, na prateleira de cima do armário do quarto. É uma filmadora de vídeo altamente avançada, dessas que exigem diploma de engenharia eletrônica para começar a operar e de que eu preciso tanto quanto de uma temporada de camping no Haiti. Ele sabe que eu não suporto máquinas, botões e luzinhas debochadas, mas vai me dar a filmadora. Vai botar na minha mão, vai me chamar de tecnófoba, dizer que eu vou acabar virando uma Spielberg, pegar o manual para ler tudo e me ensinar, tomar a máquina para o resto da vida e obrigar a família e os amigos a me assistir correndo de um caranguejo em Maceió, com close na celulite. Mas ele é assim, que é que se vai fazer, já nasceu assim. Até no Dia da Criança ele dá um jeito de receber um presente da mãe, preferivelmente ela pagando, mas, quando ela resiste, ele mesmo paga, acho que o sonho dele é morar no free shop e dar expediente diário em Miami. No ano passado, ele me deu um celular que eu nunca usei, não sei pra quê botar ainda mais uma coleira em mim — e adivinhe quem é que usa o celular.

Sim, e eu sou uma anormal. Não anormal de psicanalista, que todo mundo é, mas anormal mesmo, dessas de cinema americano de tevê de assinatura. Bem verdade que tenho minhas razões. Não há normalidade que resista a seis netos numa mesa de churrascaria. Agora são oito anos. É isso mesmo, Marcelinho, o mais velho, tem oito anos, tenho oito anos de avó e oito anos que ouço seiscentas vezes "agora é mãe duplamente, hem?" e tenho que responder com um risinho. Como dizia minha mãe, que eu agora compreendo muito melhor, é por essas e outras que eu não ando armada. E o Marcelinho, tudo bem, deixou de ser catarrento e de chutar e morder as pessoas. A Duda, mãe dele, é moderna e acha ótimo tudo o que ele faz, mas agora ele simplesmente chega à churrascaria, enche o pandulho de lingüiça e picanha e não fala mais nada, deve ter um vocabulário de umas 15 palavras, grande Marcelinho, excelente neto. Mas os outros não, os outros eu sinceramente acho que deviam ser congelados até passarem da adolescência. Quando passassem, fazia-se o descongelamento. Se voltassem a manifestar o mesmo potencial infinito de enervar o próximo, novo congelamento até os 20. Aí, descongelava, mais encheção de saco, mais cinco anos de freezer e assim por diante.

É, devo ser anormal, mas não tem quem me faça acreditar que não haja muitas outras na mesma condição que eu. Admito que não estou de bom humor, mas é natural. As flores já começaram a chegar, vão acabar os jarros, acho que vou montar uma banquinha de florista na portaria, pelo menos assim eu me dou um presente razoável e amenizo os ímpetos homicidas que me atacam, quando vejo nos comerciais de tevê o fogãozinho ideal para a mamãezinha. Felizmente eles já sabem disso, mas é bom sempre lembrar que eu pego a cabeça do infeliz que vier me dar um fogãozinho de presente de Dia das Mães, boto no forno e acendo. O mesmo, modus in rebus, com os dedos de quem me der liquidificador. Mas acho que não há risco. Ninguém tem grana e todo mundo se lembra do que eu fiz, no dia em que o Marcito me deu um descascador de batata de presente, até hoje ele deve ter trauma de batata. Você também teria, se passassem um descascador de batata no seu cabelo.
Estou pronta para a churrascaria e a família. Não que isso seja motivo para foguetes, mas vou poder ver o Leo novamente. Só vejo Leo entre espetos e uma vez por ano. Acho que, sem os espetos, o pão de queijo e as tulipas de chope, eu talvez tivesse dificuldade em reconhecê-lo. Olhando para minha cara, ninguém diz, mas eu sou mãe de um indivíduo que ficou careca e mandou fazer aquele trançadinho grotesco na careca e ainda pinta o resto de cabelo que tem e o bigode. E troca de mulher o tempo todo, ou elas o trocam, nunca sei bem. O que eu sei é que ele sempre aparece com uma diferente, sempre com nome estrangeiro, Ingrid, Shirley, Uta, umas coisas assim, todas sorridentes, empetecadas e dizendo que eu estou bem, estou muito bem, estou ótima — fico indignada, só se diz isto a velho, nem agradeço.

Estou pronta, querido Diário. Para não encherem o saco outra vez, fiz o cabelo e as unhas, vou usar a blusa nova (que eu comprei, com meu dinheiro) — estou bem, estou muito bem, estou ótima. Acho que este ano, aconselhada pela experiência, vou levar um livrinho para ler na fila da churrascaria e montar um sorriso permanente na cara, para todas as finalidades. Me olhou, eu estou lá com um sorriso. Longe de mim querer estragar a festa da família, que diriam eles aos amigos, se não pudessem contar que levaram mamãe e vovó para almoçar fora no Dia das Mães. Ser mãe, todo mundo sabe, é padecer num paraíso, se bem que ainda não me mostraram direito o paraíso. Mas cumpro o meu papel de centro da festa, sei o que se espera de mim, nunca falhei em meu dever, vou encarar esse almoço com coragem e serenidade. Só não garanto é me conter se o Leo resolver fazer discurso outra vez e me chamar de matriarca. Almoço sim, mas matriarca é a mãe.


Texto extraído do livro "O Conselheiro Come", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 2000, pág. 166.

Fonte: releituras.com




Posted by alone Dated05jul2011


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Maria Guinot - As Mães da Praça de Maio




Maria Guinot interpreta a música As Mães da Praça de Maio no programa Deixem Passar a Música na RTP em 1987.


alone: sou um "apaixonado" pelas músicas e letras da Maria Guinot isto para além de a achar uma cantora de EXCELÊNCIA. Com a Maria Guinot, as palavras saiem SOLTAS como, afinal, ela sempre foi: livre a escolher o seu reportório, a seguir o "seu" rumo político, sem NUNCA se pôr em BICOS DOS PÉS...!!! O meu maior APLAUSO para ela!...


Posted by alone Dated04jul2011

IIIIAAAAUUUUU.... FUÍ PAIIII, FUÍ PAPAAAIIIIIIIIII...!!!



... foi na noite de 1 para 2 de julho! A "Passolinha" e o(a)s 6 (seis) filhotes estão de BOA SAÚDE e FELIZES por estarem COMIGO!



A "Passolinha" é uma cachora "vira-lata" que apareceu na minha casa de forma "inesperada": um familiar veio-nos pedir para ficarmos 1 Fim-de-Semana com ela e que na 2ª Feira estaria lá para pegá-la. Claro: esqueceu-se de dizer qual seria a 2ª Feira!...



E a "Passolinha" foi ficando (como o Toyota que "veio pra ficar"...!), fazendo companhia à "minha" NEGONA Nina que me havia sido dada alguns meses antes (ainda cachorrinha...) e ao "meu gatinho" que apareceu lá em casa como "rejeitado" pela mãe e que tivémos que o recuperar (doenças várias e, entre elas, a "sarna"...) e a que se juntou, algum tempo depois, uma irmã dele "a outra gatinha" que passou lá a habitar e que, para não nos deixar "muito SÓS", nos irá brindar -MUITO EM BREVE- com mais uns gatinhos!...



Estou sériamente a pensar fazer um pedido à Presidenta DILMA -do Brasil- para nos presentar com uma "BOLSA-FAMÍLIA" porque, a trabalhar no Centro Paula Souza, nem o "vale-coxinha" de 4 (quatro) Reais/dia trabalho vai dar para comprar "muita coisa". Ao Governo Português e ao Presidente Cavaco nem penso pedir nada, não só pela "crise" como, também, porque tenho "medo" que eles AINDA me FAÇAM PAGAR alguma "coisinha" daquele "dinheirinho" que TODOS DEVEMOS a TODA A GENTE e mais ALGUÉM...!!! Foge....!!!



Se, entretanto, vocês quiserem "entrar com algum carcanhol" digam-me porque, sendo assim, eu promovo UM FUNDO (... sem "fundo"...) para esse FIM! Não se esqueçam que os Portugueses e Brasileiros são SOLIDÁRIOS...!!!



Pai aos 59... que mais me irá acontecer...?!...



A foto do "acontecido" está a ser "preparada" para divulgação pela ASSOCIATED PRENSA e pela LAMBUSA...! Aguardem, "XENTE"...!!!






Written and Published by alone Dated04jul2011


Por quê essa pressa?



Ando surpreso. De uns tempos para cá, as pessoas parecem estar perdendo a noção de fila. Para embarcar no aeroporto, nem se diga! Assim que o vôo é chamado, sempre há um grupo de passageiros que se amontoa em frente à entrada. Crianças, idosos e deficientes têm preferência no embarque. Poucos conseguem chegar na frente. Dia desses, no Aeroporto de Congonhas, ajudei uma senhora com duas crianças a evitar que os pimpolhos fossem atropelados pelos outros passageiros. Ela, que tinha preferência, ficou por último! Detalhe: os lugares são marcados previamente. Por quê a pressa?

Imagino como sofre o caixa de um bar, tendo de atender várias pessoas que gritam ao mesmo tempo. Em metrô, é um sufoco. O correto seria esperar que saia quem vai desembarcar. Tentei fazer isso no horário de pico. Fui empurrado, levei uma cotovelada na orelha e ainda me xingaram! Uma loucura! Quem quer sair empurra, quem quer entrar empurra mais!

Até entre os elegantes, reina a confusão! Fui a uma festa. Serviram o jantar em um bufê, com comida farta, de dar água na boca. Os mais educadinhos foram se servindo em fila. Dali a pouco entrou uma perua no meio, estendendo as unhas pintadas:

– Deixa eu pegar só uma saladinha!

Pronto! Outro voou para o prato quente, furando todo mundo. A fila parou. Dois ou três aproveitaram a deixa para se servir, espetando quem estava na frente com os garfos.

– Ah, desculpe... É que eu ia pegar aquela batatinha... – avisou um.

– É só um segundo... Já saio – disse outro, erguendo a faca para garantir espaço.

Quando chego a um restaurante e avisam que tem espera, vou embora. Ninguém respeita ordem de chegada. A começar dos maîtres, que dão preferência a clientes fiéis, conhecidos... seja lá quem for. É justo que um cliente tenha suas vantagens. Mas, então, por que não reservar a mesa com antecedência? Nem vou citar nome de restaurante, já que a maioria é assim. Depois de esperar meia hora, sempre vejo alguém entrar e acomodar-se imediatamente. Se reclamo, a resposta é sempre a mesma:

– Eles já estavam esperando faz tempo, o senhor se enganou.

Que raiva! Até perco o apetite. E olha que para eu perder o apetite não é fácil, não!

Elevador, então, nem se fala. No Shopping Higienópolis, são demoradíssimos. Outro dia, estava subindo quando parou em um andar. Uma jovem com um carrinho de bebê esperava.

– Está lotado – avisaram.

– É o terceiro que passa, e não consigo entrar – reclamou a moça.

Os passageiros ergueram os queixos, como se não fosse com eles. Alguém supunha que ela fosse descer com o carrinho em escada rolante? Ela enfiou o carrinho. Todos se apertaram, incomodados, como se o bebê fosse o estorvo. Fiquei no fundo. Quando cheguei ao meu andar, avisei:

– Preciso descer.

Ninguém se mexeu. Fui até a saída. Pisei no pé de uma mocinha, que gritou ofendida. Dei uma cotovelada em um gorducho que estava parado em frente à porta, sem mexer as banhas. Aliviado, botei o pé para fora! Elevadores, aliás, transformaram-se num purgatório. Não é inferno porque um dia a gente sai. Os espaçosos espremem os mais corteses. Nunca falta quem use um perfume fortíssimo, desses de deixar a cabeça tonta. Tudo seria passável se ao menos fosse possível entrar e sair de um elevador cheio sem passar por cenas de pugilato. Mesmo porque, como nos metrôs, quem vai entrar nunca deixa os outros desembarcar!

É impossível que todo mundo tenha sempre tanta pressa. Minha impressão é que, com o stress da vida moderna, as pessoas andam esquecendo as regras mínimas do bem viver.

Walcyr Carrasco

Fonte: textos_legais.sites.uol.com.br





Posted by alone Dated04jul2011

domingo, 3 de julho de 2011

Eça de Queirós : Estamos perdidos há muito tempo...



No ano de 1871, Eça de Queirós disse:

«Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: “o país está perdido!”
Algum opositor do actual governo?... Não!»


Fonte: http://www.luso-poemas.net/





Posted by alone Dated03jul2011