Eu e SÓ EU...

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Alone

Chegar ou partir...

Como EU sou...

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Bom Dia, Boa Noite... "essas coisas"!

Posting

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PORTUGAL é "só isto"...?!... NÃO... essencialmente, é UM POVO...!!!

Provérbios

“Só um sentido de invenção e uma necessidade intensa de criar levam o homem a revoltar-se, a descobrir e a descobrir-se com lucidez”. (Pablo Picasso)

PORTRAIT




Não importa quantos passos você deu para trás, o importante é quantos passos, agora, você vai dar para frente.

Gedeão


Eu, quando choro, não choro eu. Chora aquilo que nos homens em todo o tempo sofreu. As lágrimas são as minhas mas o choro não é meu.A.Gedeão

A(o)s que me deixam MENOS alone...!!!

sábado, 5 de março de 2011

Vá nas suas Férias de VERÃO a SETÚBAL/Portugal

... e VAI VER o que é BOOMMM!....

Posted by alone

Dated05mar11

Pássaros nasceram para voar


O mundo sempre me pareceu um grande mistério. Lembro que ainda pequena, eu devia ter uns seis ou sete anos, vi minha irmã mais velha abater um passarinho para depois, com a ajuda de alguns amigos, dissecá-lo como a um sapo de laboratório familiar. Não arrisco explicar, aos olhos daquela menina, todo o sentimento que a cena lhe trouxe. Mas desconfio que deva ter sido algo aterrador, pois desde então, e observe que já se passaram muitos anos, passei a sentir a vida como uma eterna sucessão de enganos. Eu não cabia na família, na escola, no trabalho e, de resto, nem em mim mesma.

De início, achavam que se tratava apenas de timidez. Depois, os suores nas mãos e o silêncio que podia durar uma festa inteira, passou a ser visto pelos outros como arrogância. ‘Sofia, você precisa aprender a controlar suas emoções’, diziam-me os amigos mais próximos. No meio em que convivia, tornei-me o laboratório ideal para as frustrações alheias. E de tanto ouvir conselhos e repreendas, acabei por ter a sensação de que me dissecavam como àquele passarinho morto por minha irmã.

Primeiro arrancaram-me as pernas. Disseram-me que elas não me levavam na direção correta e que, portanto, não me eram úteis. Em seguida, analisaram e descartaram, um a um, os componentes desse pobre corpo. Foi quando descobri que ao invés de músculos, eu possuía raízes que se entrelaçavam e que pareciam expressar as mais longínquas memórias. E que no lugar de sangue, meus corredores vertiam um líquido gelatinoso e branco, uma seiva de vida que encerra um susto qualquer.

A simples idéia de que tal segredo pudesse vir a ser desvendado por algum de meus perscrutadores, congelava-me a alma. Pobre de mim. Como se não bastasse ter emprestado a esse mundo pernas, bocas e gestos aceitáveis, tinha ainda que esforçar-me para trocar com o ambiente externo, sentimentos corriqueiros, enxaquecas plausíveis, preocupações banais e um choro compreensível aqui e acolá.

Foi agarrada a essa indiscutível certeza que procurei encenar, neste grande palco, um medíocre, porém razoável, papel. Fiz-me mulher e deixei que rasgassem, dentro de mim, as mais finas veias. Como um acrobata, lancei-me em mãos e teias de palavras vilipendiosas. Deixei-me sugar até a última gota e derramei intranqüilas lágrimas em lençóis que nunca envelheciam. Ao final de cada espetáculo, retornava sozinha para o camarim. E ali ficava, ora imóvel — perturbada pelas ondas que me engoliam na mansidão do nada —, ora debatendo-me nas paredes invisíveis que me serviam de prisão.


Com o tempo, desisti de procurar aceitação. Percebi que de alguma forma não merecia ser amada, nem tampouco compreendida. Agarrei-me aos galhos que cresciam silenciosamente em meu mundo, adubando, no frescor das noites insones, algumas poucas lembranças que me pudessem ser úteis. Deixei que transbordasse nas veias partidas pelos inúmeros erros que cometi, aquilo que outrora era líquido e que não sei por qual motivo específico, tornara-se uma gosma pegajosa. Na solidão e na ausência, preguei em cada parede um retrato do que poderia ter sido minha existência e lancei-me aos ventos, experimentando a liberdade do pássaro que desconhece o momento exato da morte. E é feliz por existir na inocência de que está sempre pronto para o abate.

Vássia Silveira



Posted by alone

Dated05mar11

sexta-feira, 4 de março de 2011

CARNAVAL: Chorinho pra Você

... e a "festa" ainda NEM COMEÇOU!...

Mas um "chorinho" é SEMPRE bom... ou não é...?!

Dipende, né...?!...

Posted by alone

Dated04mar11

Nomeei-te no meio dos meus sonhos


Nomeei-te no meio dos meus sonhos

chamei por ti na minha solidão

troquei o céu azul pelos teus olhos

e o meu sólido chão pelo teu amor


Ruy Belo


Posted by alone

Dated04mar11

Samba no pé...


Se a única coisa que de o homem terá certeza

é a morte;

a única certeza do brasileiro

é o carnaval no próximo ano.



Nota de alone: LIFE is LIFE...


Posted by alone

Dated04mar11

quinta-feira, 3 de março de 2011

MORREU a XULY...

Esta "era" a XULY: uma "velhinha rabugenta" mas muito LEAL


Ontem, quando no regresso a casa, por volta das 19H30, a XULY lá estava em casa –como sempre nos últimos 4 anos- mas a “velhinha” Pincher já não estava no Mundo “dos vivos”. Falecera durante o dia na sua caminha, depois de ter passado uns “tempos maus”, embora SEMPRE assistida e medicada.
Mas, os seus 16 aninhos, o que para uma cachorrinha é uma idade bem avançada, comandaram a sua fraqueza de coração, a sua debilidade óssea e tantas outras coisas mais associadas.
MORREU a XULY mas não morrem as recordações daquela “velha danadinha” que, mesmo sem dentes, era uma inimiga de alguém que entrava em casa mas que não pertencia à "família".
Foi enterrada hoje nos fundos de minha casa fazendo, assim, companhia ao seu companheiro de outros “tempos”, o URCO, um belo Pastor Belga que, já tinha morrido há algum tempo atrás, durante a construção da casa e foi lá sepultado.

Até SEMPRE, Amiga...!!!


Written and Posted by alone
03mar11



Pernoitas em Mim



pernoitas em mim
e se por acaso te toco a memória... amas
ou finges morrer


pressinto o aroma luminoso dos fogos
escuto o rumor da terra molhada
a fala queimada das estrelas

é noite ainda
o corpo ausente instala-se vagarosamente
envelheço com a nómada solidão das aves

já não possuo a brancura oculta das palavras
e nenhum lume irrompe para beberes

Al Berto

Posted by alone

Dated03mar11

quarta-feira, 2 de março de 2011

AMIGOS (?!...)



“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
(...) Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero o meu avesso.(...) Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.(...) Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto: e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."







Posted by alone

Dated02mar11

CANÇÃO DA SAUDADE



Se eu fosse cego amava toda a gente.
Não é por ti que dormes em meus braços que sinto amor. Eu amo a minha irmã gemea que nasceu sem vida, e amo-a a fantazia-la viva na minha edade.
Tu, meu amor, que nome é o teu? Dize onde vives, dize onde móras, dize se vives ou se já nasceste.
Eu amo aquella mão branca dependurada da amurada da galé que partia em busca de outras galés perdidas em mares longissimos.
Eu amo um sorriso que julgo ter visto em luz do fim-do-dia por entre as gentes apressadas.
Eu amo aquellas mulheres formosas que indiferentes passaram a meu lado e nunca mais os meus olhos pararam nelas.
Eu amo os cemiterios - as lágens são espessas vidraças transparentes, e eu vejo deitadas em leitos florídos virgens núas, mulheres bellas rindo-se para mim.
Eu amo a noite, porque na luz fugida as silhuetas indecisas das mulheres são como as silhuetas indecisas das mulheres que vivem em meus sonhos.
Eu amo a lua do lado que eu nunca vi.
Se eu fosse cego amava toda a gente.



(Almada Negreiros, in 'Frisos - Revista Orpheu nº1)


Posted by alone

Dated02mar11

terça-feira, 1 de março de 2011

"Serra Mátria"


Acordo de madrugada

desprovida de nada

naquela Serra bendita.

Caminho por uma estrada

que nunca foi acabada

onde o meu amor habita.


É nas noites de luar

que desejo lá morar

naquela Serra encantada.

Povoada de segredos

onde se escondem meus medos

na sua mata serrada.


Guarda em ti Serra querida,

pedaços da minha vida

que jamais regressarão;

vou viver só de quimeras

esperando nas Primaveras

o bater de um coração.



AUTORA: Maria do Carmo Branco (Setúbal)



Posted by alone

Dated01mar11

Lara Fabian - Adagio

É um prazer escutar uma voz assim...! E a mistura da música/da artista/da magnífica orquesta e orquestração...?!...

Excelente, Lara...!!!

Posted by alone

Dated01mar11

Pensamentos/Citações


Podemos facilmente perdoar uma criança

que tem medo do escuro;

a real tragédia da vida é quando

os homens

têm medo da luz.






Posted by alone

Dated01mar11

NÃO ACREDITO!... MP avança com acusação no caso Rui Pedro




Jovem desapareceu em 1998 de Lousada. O Ministério Público acusou do crime de rapto Afonso Dias, a última pessoa a ser vista com Rui Pedro.
O Ministério Público encerrou o caso do jovem Rui Pedro, desaparecido há 11 anos de Lousada. Afonso Dias, a última pessoa vista com Rui Pedro, foi acusada do crime de rapto. Segundo a acusação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), a que o DN teve acesso, a investigação analisou diversas informações e pistas sobre o paradeiro de Rui Pedro, nomeadamente no estrangeiro. Porém, nenhuma delas se mostrou consistentes.
A acusação do DCIAP baseia-se em testemunhos de pessoas que viram Rui Pedro no dia do desaparecimento, apresentando uma reconstituição dos seus últimos movimentos na companhia de Afonso Dias. Um dos testemunhos é de uma prostituta que afirmou ter sido paga por Afonso Dias para ter relações sexuais com o menor no dia 4 de Março de 1998. Porém, dado o estado em que Rui Pedro se encontrava, "muito nervoso", descreveu, decidiu não consumar o acto, devolvendo o menor a Afonso. A partir deste momento, nunca mais ninguém viu o jovem.


(dos Jornais e da Net)


Nota: espero que o caso Rui Pedro, seguido AINDA HOJE por milhares de Portuguesas/es, com maior ênfase na SUA MÃE, Filomena, não vá "dar" onde alguns (muitos...) outros têm ido: no jardim do NADA!...



Posted by alone

Dated01mar11

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

L'uomo che non sapeva amare - Nico Fidenco (Legendado)

Não sabia...?!...

Lembram-se do NICO FIDENCO...?!

SÓ EU...?!... rsrs

Posted by alone

Dated28fev11

Auto-retrato com a musa



1.


vejo-me ao espelho: a cara
severa dos sessenta,
alguns cabelos brancos,
os óculos por vezes
já mais embaciados.

sobrancelhas espessas,
nariz nem muito ou pouco,
sinal na face esquerda,
golpe breve no queixo
(andanças da gilette).

ia a passar fumando
mais uma cigarrilha
medindo em tempo e cinza
coisas atrás de mim.
que coisas? tantas coisas,

palavras e objectos,
sentimentos, paisagens.
também pessoas, claro,
e desfocagens, tudo
o que assim se mistUra

e se entrevê no espelho,
tingindo as suas águas
de um dúbio maneirismo
a que hoje cedo. e fico
feito de tinta e feio.


2


quem amo o que é que pode
fazer deste retrato?
nem sabê-lo de cor,
nem tê-lo encaixilhado,
nem guardá-lo num livro,

nem rasgá-lo ou queimá-lo,
mas pode pôr-se ao lado
e ter prazer ou pena
por nos achar parecidos
ou não achar. quem amo

não fica desenhado,
fica dentro de mim
e é quando mais me apago
e deixo de me ver
e apenas me confundo,


amador transformado
na própria coisa amada
por muito imaginar.
assim nem john ashberry,
nem o parmegianino,

nem espelho convexo,
nem mesmo auto-retrato.
só uma sombra que é
na sombra de quem amo
provavelmente a minha.


3


quem amo tem cabelos
castanhos e castanhos
os olhos, o nariz
direito, a boca doce.
em mais ninguém conheço

tal porte do pescoço
nem tão esguias mãos
com aro de safira,
nem tanta luz tão húmida
que sai do seu olhar,

nem riso tão contente,
contido e comovente,
nem tão discretos gestos,
nem corpo tão macio
quem amo tem feições

de uma beleza grave
e música na alma
flutua nas volutas
de um madrigal antigo
em ondas de ternura.

é quando eu sinto a musa
pousando no meu ombro
sua cabeça, assim
me enredo horas a fio
e fico a magicar.



(mantida a grafia original)


Vasco Graça Moura


Posted by alone


Dated28fev11

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Rio Azul (Setúbal/Portugal)

Este é o "tal" Rio Azul de que eu tanto falo!... E, digam-me: "Onde é que existe um rio azul igual ao meu que em certos dias tem mesmo a cor do céu, minha cidade é um presépio é um jardim queria guardá-la inteirinha só para mim."

Posted by alone

Dated27fev11

"O meu descapotável"


Manhã, manhãzinha

O sol pequenino

Sobe na marina

O povo menino

Espera na paragem

Um lugarzinho na carruagem.


Colorido o autocarro

Vai pela estrada fora

Bandeirinhas, bandeirolas

Bonés, chapéus, cartolas

Tem um rádio a tocar

Música da pesada

Capacete a abanar.


Roda, roda camioneta

Pela minha cidade

Levas avós e netas

Gente de toda a idade

És uma casa rolante

Com o céu por telhado

O chauffeur vai ao volante

Cuidado há piso molhado.


No fim da avenida

Entra na serra altaneira

Grande, bela, contida

Um pouco de poeira

Lá prós lados do Outão

O mar está muito azul

Há barcos e um arrastão

Vindo do Norte e Sul


A praia da Figueirinha

É amiga da gente

Tem uma ilha em frente

Logo, quando a maré vazia

Somos todos exploradores

Cientistas da Nasa

E até navegadores


Abençoado Verão

O descanso merecido

O sol, o amor e o pão

No meio do areal

Sonho que o mundo mudou

Vivo a vida real

Como o poeta a cantar.


Autora: Joana Mar (Setúbal)
Nota: uma Setubalense que, como eu, AMA a sua terra e que, mesmo nas pequeninas coisas e aos "nossos olhos", nos parecem "enormes"... dum TAMANHO do MUNDO...!!!


Posted by alone

Dated27fev11