Eu e SÓ EU...

Eu e SÓ EU...
Alone

Chegar ou partir...

Como EU sou...

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Bom Dia, Boa Noite... "essas coisas"!

Posting

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PORTUGAL é "só isto"...?!... NÃO... essencialmente, é UM POVO...!!!

Provérbios

“Só um sentido de invenção e uma necessidade intensa de criar levam o homem a revoltar-se, a descobrir e a descobrir-se com lucidez”. (Pablo Picasso)

PORTRAIT




Não importa quantos passos você deu para trás, o importante é quantos passos, agora, você vai dar para frente.

Gedeão


Eu, quando choro, não choro eu. Chora aquilo que nos homens em todo o tempo sofreu. As lágrimas são as minhas mas o choro não é meu.A.Gedeão

A(o)s que me deixam MENOS alone...!!!

sábado, 16 de julho de 2011

Amália Rodrigues - Povo que lavas no rio (1961)




alone: um dos FADOS -senão, O FADO- mais "emblemático" cantado por AMÁLIA.


Lindo e... comovente!...



Posted by alone Dated16jul2011


CASÓRIO EM SETÚBAL: RE-MADRINHA em RE-CASAMENTO...!!!






Antonio Prieto la novia editado con su version original

http://youtu.be/2blGdVitwdU


Diz o cauteleiro nas ruas de SETÚBAL: "comprem uma fracção: HÁ HORAS FELIZES!...".

Neste caso, obrigatóriamente, vão ser horas, dias, anos de MUITA FELICIDADE!


Os meus Parabéns aos re-noivos, Zé Pedro e Ofélia e á re-madrinha LUA M. (se querem saber mais do EVENTO e o que o rodeou vão clicar no LINK acima e que pertence à LUA, certo?!... ! "CUSCAS"...)




Da minha parte, sucesso e MUITO AMOR.


A.Rui






Written and Published by alone Dated16jul2011

“ Minha insanidade…”




“ Minha insanidade…”


Chove nesta madrugada gelada e úmida
A sensação é que todos dormem menos eu.
Entretanto, aprecio a noite, horas únicas.
E peregrino por este mundo inventado, só meu...

Não são raras às vezes em que me arrasto.
Descortinando meus anseios mais febris.
Feito ostra, dentro da solidão, me basto.
E consigo me ver, nestes personagens sutis.

Os mistérios e receios que aqui habitam.
Mostram-me dúbia, num momento, recatada.
Porem os vários personagens se revezam.
Fazendo vir à tona, a fêmea despudorada...

Pelo inabitado de mim, essa vagueia nua.
E mergulha no sonho, de sem pudores, ser tua...

Glória Salles
18 junho 2010
01h23min

Fonte: asTormentas.com






Posted by alone Dated16jul2011



sexta-feira, 15 de julho de 2011

MUDANÇA DE COR (PIADA, tá...?!)



Um marinheiro branco , casado com uma mulher branca , viajou e ficou um ano no mar. Quando ele voltou pra casa , a mulher tava com um filho japonês no colo.
Ele foi tirar satisfações e ela disse :
- Ele nasceu branco como nós , mas eu não tinha leite e uma japonesa, no hospital, se ofereceu pra dar de mamar pra ele. Eu deixei e ele ficou assim...
O cara, meio desconfiado , foi perguntar pra mãe dele se era possível acontecer uma coisa dessas. E a velha, depois de escutar tudo, respondeu, indignada:
- Mas claro que é possível! Quando você nasceu aconteceu a mesma coisa. Eu não tinha leite, coloquei você pra mamar numa vaca e é por isso que você tá chifrudo desse jeito !


Fonte: mortos.freeservers.com




Posted by alone Dated15may2011


PARA ALEXANDRE O´NEILL. Poema de Júlio Saraiva, lido por Vóny Ferreira




Posted by alone Dated15jul2011


Como é mesmo o nome?



Levou o manequim de madeira à festa porque não tinha companhia e não queria ir sozinho.

Gravata bordeaux, seda. Camisa pregueada, cambraia. Terno riscado, lã. Tudo do bom. Suas melhores roupas na madeira bem talhada, bem lixada, bem pintada, melhor corpo. Só as meias um pouco grossas, o que porém se denunciaria apenas se o manequim cruzasse as pernas. Para o nariz firmemente obstruído, um lenço no bolsinho.

No relógio de ouro do pulso torneado, a festa já tinha começado há algum tempo.

Sorridentes, os donos da casa se declararam encantados por ter ele trazido um amigo.

— Os amigos dos nossos amigos são nossos amigos — disseram saboreando a generosidade da sua atitude. E o apresentaram a outros convidados, amigos e amigos de nossos amigos. Todos exibiram os dentes em amável sorriso.

Recebeu o copo de uísque, sua senha. E foi colocado no canto esquerdo da sala, entre a porta e a cômoda inglesa, onde mais se harmonizaria com a decoração.

A meia hilaridade pintada com tinta esmalte e reforçada com verniz náutico exortava outras hilaridades a se manterem constantes, embora nenhuma alcançasse idêntico brilho. Abriam-se os transitórios vizinhos em amenidades que o compreensivo calar-se do outro logo transformava em confidências. Enfim alguém que sabia ouvir. Relatos sibilavam por entre gengivas à mostra e se perdiam em quase espuma na comissura dos lábios. Cabeças aproximavam-se, cúmplices. Apertavam-se as pálpebras no dardejado do olhar. O ruge, o seio, o ventre, a veia expandida palpitavam. O gelo no uísque fazia-se água.

A própria dona da casa ocupou-se dele na refrega de gentilezas. Trocou-lhe o copo ainda cheio e suado por outro de puras pedras e âmbar. Atirou-se à conversa sem preocupações de tema, cuidando apenas de mantê-lo entretido. Do que logo se arrependeu, naufragando na ironia do sorriso que lhe era oferecido de perfil. A necessidade de assunto mais profundo levou-a à única notícia lida nos últimos meses. E nela avançou estimulada pelo silêncio do outro, logo úmida de felicidade frente a alguém que finalmente não a interrompia. No mais frondoso do relato o marido, entre convivas, a exigiu com um sinal. Afastou-se prometendo voltar.

O brilho de uma calvície abandonou o centro da sala e coruscou a seu lado, derramando-lhe sobre o ombro confissões impudicas, relato de farta atividade extraconjugal. Sem obter comentários, sequer um aceno, o senhor louvou intimamente a discrição, achando-a, porém, algo excessiva entre homens. Homens menos excessivos aguardavam em outros cantos da sala a repetição de suas histórias.

Não acendeu o cigarro de uma dama e esta ofendeu-se, já não havia cavalheiros como antigamente. Não acendeu o cigarro de outra dama e esta encantou-se, sabia bem o que se esconde atrás de certo cavalheirismo de antigamente. Os cinzeiros acolheram os cigarros sem uso.

Um cavalheiro sentiu-se agredido pelo seu desprezo. Um outro pela sua superioridade. Um doutor enalteceu-lhe a modéstia. Um senhor acusou-lhe a empáfia. E o jovem que o segurou pelo braço surpreendeu-se com sua rígida força viril.

Nenhum suor na testa. Nenhum tremor na mão. Sequer uma ponta de tédio. Imperturbável, o manequim de madeira varava a festa em que os outros aos poucos se descompunham.

Já não eram como tinham chegado. As mechas escapavam, amoleciam os colarinhos, secreções escorriam nas peles pegajosas. Só os sorrisos se mantinham, agora descorados.

No relógio torneado do pulso rijo a festa estava em tempo de acabar.

As mulheres recolhiam as bolsas com discrição. Os amigos, os amigos dos amigos, os novos amigos dos velhos amigos deslizavam porta afora.

Mais tarde, a dona da casa, tirando a maquilagem na paz final do banheiro, dedos no pote de creme, comentava a festa com o marido.

— Gostei — concluiu alastrando preto e vermelho no rosto em nova máscara —, gostei mesmo daquele convidado, aquele atencioso, de terno riscado, aquele, como é mesmo o nome?

Marina Colasanti

Fonte: releituras.com


Posted by alone Dated15jul2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

PIADA CRETINA





Frajola oferece um baseado pro PiuPiu. Ele dá um tapa, e diz: Não estou sentindo nada.... O Frajola diz pra ele dar outro pega. Ele dá e diz: Não estou sentindo nada...

Três, quatro, e ele dizendo a mesma coisa.

No quinto ele diz


': Não estou sentindo nada: não estou sentindo minha asinha, não estou sentindo meu biquinho...'










Posted by alone Dated14jun2011



Vicente da Câmara - Moda das tranças pretas




alone: D.Vicente da Câmara - a "aristocracia" no FADO...!!!


Posted by alone Dated14jul2011


Se Penso, Existo



Se penso, existo; se falo, existo para os outros, com os outros.

A necessidade é o lugar do encontro. Procuro os outros para me lembrar que existo. E existo, porque os outros me reconhecem como seu igual. Por isso, a minha vida é parte de outras vidas, como um sorriso é parte de uma alegria breve.

Breve é a vida e o seu rasto. A posteridade é apenas a memória acesa de uma vela efémera. Para que a memória não se apague, temos que nos dar uns aos outros, como elos de uma corrente ou pedras de uma catedral.


A necessidade de sobrevivência é o pão da fraternidade.
O futuro é uma construção colectiva.

António Arnaut, in 'As Noites Afluentes'




Posted by alone Dated14jul2011


quarta-feira, 13 de julho de 2011

PEDIATRIA (Anedota)*



* Enviada por um "amigo" via e-mail




Uma mulher leva um bebê ao consultório do pediatra.

Depois da apresentação o médico começa a examinar o bebê vê que o seu peso está abaixo do normal e pergunta:

- O bebê bebe leite materno ou mamadeira?

- Leite materno - diz a senhora.

- Então, por favor, mostre-me os seus seios...

A mulher obedece e o médico toca, apalpa, aperta ambos os seios; gira os dedos nos mamilos; primeiro suavemente, depois com mais força, coloca as mãos em baixo e os levanta; uma vez, duas vezes; três vezes, num exame detalhado; inconformado chupa os mamilos diversas vezes. Sacode a cabeça para ambos os lados e diz:

- Pode colocar a blusa.

Depois da senhora estar novamente recomposta o médico diz:

- É claro que o bebê tem peso a menos... a senhora não tem leite nenhum.

- Eu sei, doutor, eu sou a avó, mas adorei ter vindo!!




Posted by alone Dated13jul2011

Tony de Matos - Só Nós Dois




alone: ... esquece o que vai na rua/vem ser minha que eu serei teu...!!!


O AMOR é assim... "simples e directo"... de preferência com uma "casinha com lareira e piscina" e nunca menos de 1.200 m2...!!!


Agora a "sério": TONY DE MATOS um dos "últimos românticos" deste País chamado Portugal...!!!



Posted by alone Dated13jul2011


U Pão D'Açúcre



Zé Fidélis

"A única vivida qui póde ser chamada de fina
é u chôpe, purque é a única qui usa cularinho!"
Antarctica






Logo au chigar lá nu Rio,
Comu todo vom turista,
Fui bêre u tal Pâo D'Açúcre,
Qui já di longe si abista.

Andei a pé um vucado,
Prá chigáre ondi ele istaba,
U vichinho é mesmu grande.
É um pão qui não mais si acaba.

I prá tirar minha dúbida
Si é mesmu di açúcre u tale,
Chigãi-me prá pérto i dãi-lhe
Uma dentada infernále!

Papagaio! aquilo é duro!
É di pedra u raio du monte...
Arreventei cinco dentes,
Dois pibôtes i uma ponte!


Zé Fidélis (Gino Cortopassi) se apresentava como o "inimigo número um da tristeza", com seu humor ingênuo, que se apoiava seja nas paródias de músicas de sucesso, seja no "nonsense" de transmissões radiofônicas em que irradiava um enterro com a entonação e o ritmo de um locutor esportivo, seja nas "piadas de português" e outras imitações. Desde sua estréia no programa "Cascatinha do Genaro", de João Batista de Almeida, na década de 30, Gino ganhou nova identidade que o tornaria conhecido graças ao rádio e, depois, ao disco durante três décadas: Zé Fidélis. Um sucesso que o levaria a apresentações como "one-man-show" em palcos famosos como o do Cassino da Urca ou do antológico Quitandinha. Apesar de elogiado por Sérgio Rabello, Ari Toledo e Manézinho Araújo e de ser amigo de Osvaldo Molles e Lauro Borges, grandes nomes do humor nacional, o autor, nascido em 1910, terminou seus dias numa clínica de repouso em São Paulo. Alguns de seus livros publicados: "História do mundo", "Binho, mulata e vacalhau", "Teatro maluco", Meningite aguda", "Lira arreventada", "Sarravulho", "Muito sangue e pouca areia", "Bérsos a Gasugênio", "A ópera pela tripa" e "Seleção Canalhinha", editada por Folco Masucci - São Paulo, 1968, pág. 100, de onde extraímos os versos acima.

Fonte: releituras.com




Posted by alone Dated13jul2011

terça-feira, 12 de julho de 2011

Uma "PIADA" para... alegrar o "tolo" (EU...)!... "Economia no tratamento"



Piada de Medicos






Um grupo de fiscais estavam visitando um hospital proctológico público. Eles iam de leito em leito perguntando aos pacientes como era o tratamento que eles vinham recebendo após a operação das hemorróidas e o que eles gostariam de ter para melhorar suas estadias no hospital. Todos diziam que o tratamento era feito com uma pincelada de iodo na área operada e que estavam sendo muito bem atendidos. Até que eles chegam num determinado paciente que tinha sido operado das amídalas e faz as mesmas perguntas. Com uma certa dificuldade para falar o recém operado diz:
- Tudo que eu queria era um pincel de iodo para mim!

Fonte: piadalegal.com.br




Posted by alone Dated12jul2011


Ás vezes -como AGORA- e as "palavras e os pensamentos tumultuam-se"...!!!



Há momentos na "nossa" vida em que os acontecimentos se sucedem e, de tanto que temos para dizer ou até GRITAR, parece que ficamos "sem sair nada" na escrita ou na fala. Quedamo-nos cada vez mais entristecidos, mais velhos "mentalmente", menos "capazes" de produzir "qualquer coisinha"...!!!


Não posso dizer que é o "meu Fado"... é, qualquer coisa, que me abraça de uma forma "estranha", "me oprime" e, que, NÃO DÁ muito mais "sentido" à minha vida. "Algo que me morde", me "arranca pedaços" a cada instante e que faz sentir "débil" em todos os sentidos.


Sei que "isto" é algo de "muito meu", muito do meu "eu interior" e que, não devo nem quero, vos maçar com "coisas destas!...


No entanto, se não desabafar aquí no "alone" e "comigo próprio" e com "alguns de vós", com quem eu o poderei fazer...?!...


Necessito de Portugal como de "pão para a boca", necessito de sair do Brasil "urgentemente" e de voltar a ser EU, como sempre fuí. Com amigos, com amôr, com datas, com locais, com blogs, com msn's... EU e mais EU...!!!


Não tenho VOCAÇÃO para a "reprimenda nem censura" como se eu tivesse uns 12 aninhos.




Já NÃO TENHO...!!!



Written and Published by alone Dated12jul2011

Na rua dos meus ciúmes HD - Lenita Gentil







alone: este FADO é lindíssimo! Para além disso, dedico-o à minha esposa, pq ela vê muitas "ruas do SEU (dela...!) CIÚME...!!!



Cada um com o seu FADO, o seu DESTINO, a sua SINA...!!!





Posted by alone Dated12jul2011



As lições estão na vida; não no mestre.



É muito engraçado ver as pessoas, na vida, à procura de um mestre. Sim, um mestre!

Procuram mestres porque desejam aprender. Lêem livros, porque desejam aprender. Inscrevem-se em cursos porque desejam aprender… mas continuam as mesmas.

Ainda não entenderam que tudo, nesta vida, é lição. Estão precisando que um professor se coloque na frente delas mas, ainda assim, algumas lá estarão na esperança de confirmar
o que acreditam saber.

Abram os olhos! As lições estão na vida, e são simples. E estão na simplicidade. Na simplicidade da chuva que nos molha o rosto, na simplicidade da flor que desabrocha,
na simplicidade da formiguinha e da abelha.



Por que vocês precisam de palavras difíceis e pose de professor? Vocês que­rem aprender?
É só observar, estar atento.

Vocês aprendem pouco porque não aprenderam a mergulhar na simplicidade.

Seu filho brinca com cubos, mas você tem mais o que fazer. O orvalho desce das folhas, mas agora não dá tempo de ver.
As plantas dançam no vento, mas agora você está tão exausto que precisa dormir.

O importante está acontecendo na sua vida a cada momento.
No entanto, você não vê!

Você diz que não pode olhar pra simplicidade, porque as coisas simples não lhe atraem, porque você já passou da idade. Pois eu lhe digo que você ainda não chegou à idade de valorizar as coisas simples.
Isto só vem depois que a gente cresce…

Aprendei de mim, que sou simples…
Eis o que diz o Mestre.

É preciso mergulhar, impregnar-se da simplicidade, para aproveitar os ensinos da vida.

Comece hoje, pisando a terra descalço. Rindo com um pequenino. Fazen­do uma prece de gratidão. Tocando os cabelos de sua mãezinha. Aspirando o aroma da camomila e do benjoim.
Cantando uma canção…

Comece fazendo isso uma vez por dia, se achar difícil, não importa. Comece sozinho, se sentir vergonha. Mas, se sua vontade de aprender é sincera,
não deixe de começar.

Calunga

Fonte: simplescoisasdavida.com





Posted by alone Dated12jul2011



segunda-feira, 11 de julho de 2011

Poema do Lavrador de Palavras Aos Políticos (Vídeo)





Pedro Barroso
Composição: Pedro Barroso


não me perguntem coisas daquelas que eu não creia
não me perguntem coisas daquelas que não sei
remeto para os senhores as decisões do mundo
tais como governar, fazer decretos lei

no meio da tempestade no meio das sapiências
se poeta nasci, poeta morrerei
nem homem de gravata nem homem de ciências
apenas de mim próprio, e pouco, serei rei

das decisões do mundo lerei o que entender
que dentro de mim mesmo às vezes nasce um rio
e é esse desafio que nunca hei-de esquecer
e é essa a diferença que faz o meu feitio

mas digam por favor de onde nasce o sol
que eu basta-me o calor - para lá me voltarei
e saibam já agora que se eu lavrar a terra
me bastará que chova que o resto eu o farei
e digam por favor se o céu inda nos cobre
e bastará o azul que em ave me tornei

mantenham com cuidado as árvores e estradas
pr´a gente poder ver, p´ra gente circular
que eu basta-me saúde e o sonho tão distante
e a boca perturbante que tu me sabes dar

e a festa de viver e o gozo e a paisagem
desta curva do Tejo, soprando a brisa leve
e na tranquilidade assim desta viagem
parar-se o tempo aqui, eterno, fresco e breve

que eu voo por toda a parte mas noutro horizonte
e vivo as coisas simples e rio-me da ambição
e ao fim de tanto ver, escolherei um monte
de onde assistirei, sorrindo, ao vosso enfarte


da ânsia de possuir, da ânsia de mostrar,
da ânsia da importância, da ânsia de mandar

e digam por favor de onde nasce o sol
que eu basta-me o calor - para lá me voltarei
e saibam já agora que se eu lavrar a terra
me bastará que chova que o resto eu o farei
e digam por favor se o céu inda nos cobre
e bastará o azul que em ave me tornei


Posted by alone Dated11jul2011


Meu País Desgraçado




Meu país desgraçado!...
E no entanto há Sol a cada canto
e não há Mar tão lindo noutro lado.
Nem há Céu mais alegre do que o nosso,
nem pássaros, nem águas ...

Meu país desgraçado!...
Por que fatal engano?
Que malévolos crimes
teus direitos de berço violaram?


Meu Povo
de cabeça pendida, mãos caídas,
de olhos sem fé
— busca, dentro de ti, fora de ti, aonde
a causa da miséria se te esconde.

E em nome dos direitos
que te deram a terra, o Sol, o Mar,
fere-a sem dó
com o lume do teu antigo olhar.

Alevanta-te, Povo!
Ah!, visses tu, nos olhos das mulheres,
a calada censura
que te reclama filhos mais robustos!

Povo anêmico e triste,
meu Pedro Sem sem forças, sem haveres!
— olha a censura muda das mulheres!
Vai-te de novo ao Mar!
Reganha tuas barcas, tuas forças
e o direito de amar e fecundar
as que só por Amor te não desprezam!

Sebastião da Gama

Fonte: astormentas.com




Posted by alone Dated11jul2011


domingo, 10 de julho de 2011

Da janela do meu quarto - Tristão da Silva




alone: quando "alguém" me dá "cabo da MONA", eu, viro-me prá janela do meu quarto...!!!


Grande Tristão da Silva... que prazer eu tive de o ouvir cantar AO VIVO!... Um "fora-de-série" no FADO...!!!


Posted by alone Dated10JUL2011


Nota Importante: hoje, o Blogger está-me a dar conta dos poucos neurónios que AINDA me restam... !!! Começo a me "fartar" desta BRINCADEIRA...!!!


Dois prá lá, dois prá cá



Vestido de festa preto, meia de seda e sapatos de salto compunham o visual da menina. Bonita e desajeitada. Em plena adolescência, aprendendo a se equilibrar, chegando perto das mulheres que antes só lhe cabia admirar. A primeira vez. Mesmo quieta, sentia que agora fazia parte do som da festa. Por anos, apenas escutara de seu quarto o burburinho, imaginando o enredo. Música, falas, copos, risadas. Olhava o pai recebendo os primeiros convidados. A mãe dava uma última mirada na sala sem móveis transformada em pista. Uma piscadela para a filha. Um sorriso para uma amiga. Um gole na bebida. O pai começava a ser tirado para dançar. A mãe mexeu de modo tenso no vestido. A filha percebera. Ecoava a briga da tarde. Você que não dance com as outras, com todas, menos comigo! Não faça papel de louca! O pai dançarino. A mulher agradeceu-lhe a dança com um beijo longo no rosto. Muito perto da boca. A menina entendia a mãe. Há muito, o marido não lhe fazia o par. Queria mantê-la longe do garçom. Mas vidrada no pai, perdera a conta dos copos da mãe. Presenciaria o escândalo que das outras vezes apenas ouvira do quarto, apertando com força o travesseiro e fechando os olhos como se fossem ouvidos. Algumas mulheres amparam a mãe, pegam-lhe pelo braço, oferecem-lhe café. As lágrimas turvam a cena e borram a maquiagem da menina. Uma mão quente e firme toca em seu ombro nu. Reconhece a voz. Vamos dançar, minha filha? E concentra-se nos passos de seu professor. São dois prá lá, dois prá cá.

Ana Carolina Carvalho

Fonte: releituras.com






Posted by alone Dated10jul2011