Eu e SÓ EU...

Eu e SÓ EU...
Alone

Chegar ou partir...

Como EU sou...

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Bom Dia, Boa Noite... "essas coisas"!

Posting

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PORTUGAL é "só isto"...?!... NÃO... essencialmente, é UM POVO...!!!

Provérbios

“Só um sentido de invenção e uma necessidade intensa de criar levam o homem a revoltar-se, a descobrir e a descobrir-se com lucidez”. (Pablo Picasso)

PORTRAIT




Não importa quantos passos você deu para trás, o importante é quantos passos, agora, você vai dar para frente.

Gedeão


Eu, quando choro, não choro eu. Chora aquilo que nos homens em todo o tempo sofreu. As lágrimas são as minhas mas o choro não é meu.A.Gedeão

A(o)s que me deixam MENOS alone...!!!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Lisboa - Portugal

Viaje comigo por este "meu" PORTUGAL e, nomeadamente, pela capital LISBOA e, vai ver que, não se arrependerá.

Se puder ir até lá... então, MELHOR: vê e escuta com os seus olhos aquilo que MUITA GENTE tenta DETURPAR.

Posted by alone

Dated 04dez10

Intimidade


— Não precisa levantar, mãezinha, eu lhe faço uma higiene aí na cama mesmo.

Não precisa levantar? Higiene? Quem é essa maluca que pretende me banhar?

A sogra a ajudou a sentar-se depois que a enfermeira retirou a sonda urinária.

— Vamos botar uma comadre, mãezinha?

Completamente alucinada a enfermeira. E eu é que tomei morfina.

Sinalizou que não queria comadre alguma e que iria ao banheiro. O médico recomendara que pouco falasse para evitar gases. A sogra a puxou pelos braços, a enfermeira empurrou-lhe o tronco. Estava de pé. A barriga sumira. Apoiou-se na cama, abraçada à tagarela.

— Não precisava tanto esforço, mãezinha. Que mãezinha corajosa!

— Quero lavar a cabeça — grunhiu.

— Mas eu lavava na cama, menina. Depois, lhe vestia uma camisola linda.

No banheiro, a água não esquentava. A enfermeira ajudou a tirar a gandola, aquela bata ridícula, aberta atrás. Com um olhar, expulsou a sogra.

— Estou saindo, mas não fica com vergonha, querida. Somos amigas, mas pouco íntimas, não é?

Nem íntimas, nem amigas somos.

Sentia-se uma índia velha, peitos imensos, arrastando-se sobre pés cansados. Um ano antes tivera sua vez de ser tocada para fora de um banheiro. Levantara da cama o pai, ainda pesado, quinze quilos mais magro depois da quimioterapia. Encorajava-o com palavras carinhosas, beijinhos no ombro. Chegando ao banheiro, ele a dispensou.

— Daqui, me viro.

Nunca lhe falara tão duramente. Também jamais fora carinhoso, com aquele carinho melado que os pais dispensam às filhas. Ele a carregara no colo quando bebê e até os 7 anos, quando, na madrugada, voltavam de festas, com a mãe. Mas não permitia que ela se sentasse em seu colo. "Vai se acostumar a sentar em colo de homem". A função de carregador de criança havia lhe sido transferida pela mãe, que caíra com a menina, pequenina, tropeçando numa calçada esburacada. Pesada, foi apontada como responsável por uma hérnia no pai no mesmo local onde o tumor se iniciara, quase trinta anos depois.

A água gelada espantou o suor de sua cabeça. A enfermeira continuava ali, querendo passar o sabão líquido em seu corpo.

— Mãezinha, você tem que guardar as forças para amamentar seu bebê.

A mãe não a amamentara. Era filha da geração Nestlé, aquela que era desmamada em uma semana de vida e que antes dos dez anos tirava as amídalas. Haveria alguma relação entre a ausência de leite materno e as amídalas eternamente inflamadas até serem extirpadas? Sem amídalas, pedira sorvete de chocolate, mas não sentiu qualquer sabor. Doía tudo, perdera o paladar. Fechou a cara para a enfermeira simpática que trouxera o sorvete e gelatina. Detestava gelatina.

Devolveu o café da manhã. Estava limpa, pronta a receber a criança que dormia, não queria mamar. Os seios começaram a pingar. Um enfermeiro tirou-lhe a temperatura, perguntou pela sonda.

— A outra enfermeira levou.

Acostumara-se a ver introdução e retirada de sondas urinárias na mãe, hemiplégica, na cama. A limpeza do orifício da traqueostomia. A sonda gástrica. Os hematomas nas mãos, pés, pernas, braços, veias que não suportavam cânulas, escalpos, invasões a um corpo que cismava em viver, apesar de tantas condições adversas. Acariciava os cabelos ralos da mãe crescendo depois de raspados na última cirurgia, cobrindo o calombo que modificava o formato de sua cabeça antes tão bonita, tão sólida. Às vezes, a mãe abria os olhos, quase sempre cerrados, combinando com o cenho franzido, a boca crispada. Balbuciava sons ininteligíveis, jogava beijos silenciosos. Respondia com beijos em suas mãos calejadas.

A mãe se encolhia quando sentia a presença de uma das enfermeiras. Despediu a mulher ao deparar-se com a mãe nua na sala, na cadeira de rodas.

— Que que tem demais? Aqui só tem mulher e ela nem entende direito o que acontece. Eu estava arrumando a cama.

A menina ensaiou um chorinho. Acomodou-a próxima ao seio, que ela abocanhou com vontade, sugando forte e provocando fisgadas no útero. Passou o indicador na bochecha rosada da menininha, que abriu os olhos e as narinas. A enfermeira sumira, a sogra saíra, os ruídos cessaram, a dor amainava aos poucos. O leite escorria da boca da criancinha, agarrada em seu peito, quente, ávida. Eu lhe dou o meu corpo, o meu leite, serei seu alimento único por seis meses. Depois, virão outras comidas, outras pessoas. Depois de seis meses.


Olga de Moura e Mello



Posted by alone


Dated 04dez10


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O corpo não espera


O corpo não espera. Não. Por nós
ou pelo amor.
Este pousar de mãos,
tão reticente e que interroga a sós
a tépida secura acetinada,
a que palpita por adivinhada
em solitários movimentos vãos;
este pousar em que não estamos nós,
mas uma sêde, uma memória, tudo
o que sabemos de tocar desnudo
o corpo que não espera;
este pousar
que não conhece, nada vê, nem nada
ousa temer no seu temor agudo...

Tem tanta pressa o corpo! E já passou,
quando um de nós ou quando o amor chegou.



Jorge de Sena



Posted by alone


Dated 03dez10

Pregao-Madredeus

A música Portuguesa dos MadreDeus e a extrema beleza dos AÇORES.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Algo tem de acontecer


Vendaval.
De Palavras e
Mais palavras.
Amar e
Ao mesmo tempo
não querer amar
Quem se está a enganar?


Cerceado de tudo
E de todos
Que fazer
Perecer
ou
Ocupar-me só do lazer
E deixar acontecer?

Não sei e não quero
Tentar mais nada
Isto virou o quê
Se não entendo nem porquê
Tenho que meter os pés
À estrada.

A vida pode ser
Já ali
E aqui?
Não, aqui não
Já não me enganas não
Não te consigo entender
E
Então
Algo
Tem de acontecer.

Vou partir
Para sentir
Novos ventos de liberdade
E amar
Com amor
Sem mais dor
Vou sem querer saber
Da idade
Para recomeçar.



Written and Posted by alone


Dated 02dez10

SAUDADES...muitas!











SETÚBAL: minha cidade, minha enorme paixão.


Posted by alone

Dated 02dez10

Diz o POVO...


A VIDA É COMO UM CORNO.
QUANTO MAIS SE CRESCE MAIS SE ENTORTA.

(Provérbio Popular)

Poesia de Antônio Botto



Homem que vens de humanas desventuras,
que te prendes à vida e te enamoras,
que tudo sabes e que tudo ignoras,
vencido herói de todas as loucuras;

que te debruças, pálido, nas horas
das tuas infinitas amarguras
e na ambição das coisas mais impuras,
e és grande simplesmente quando choras;

que prometes cumprir e que te esqueces,
que te dás às virtudes e ao pecado,
que te exaltas e cantas e aborreces.

arquiteto do sonho e da ilusão,
ridículo fantoche articulado,
- eu sou teu camarada e teu irmão!




Posted by alone


Dated 02dez10

Uma PIADINHA para quebrar a NOSTALGIA (Terapia sexual)



— O meu caso, doutora, é que a minha vida sexual caiu na monotonia e na rotina e tá ficando uma coisa muito chata. Não consigo ver uma saída.

— Isso tem solução. Seja criativo, use a imaginação, descubra novas formas de seduzir e de atrair a sua mulher. Quando você chegar em casa, diga à sua mulher que vocês hoje vão brincar de médico, por exemplo.

— E como é isso, doutora?

— É assim: você deixa ela esperando uma hora e meia do lado de fora do quarto e, quando ela entrar, você resolve tudo em cinco minutos.


Posted by alone

Dated 02dez10

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

UM ALERTA


Heart - Alone

As I am

Sozinha - Uma música cantada por Celine Dion


(REFRÃO)
Até agora eu sempre estive sozinha
Eu nunca me importei de verdade até eu te conhecer
E agora sinto arrepios até a espinha
Como eu poderia te deixar sozinho?

Você não sabe há quanto tempo eu quero
Tocar seus lábios e te abraçar forte
Você não sabe quanto tempo eu esperei
E eu ia te dizer essa noite
Mas o segredo ainda é meu
e meu amor por você ainda é desconhecido
Sozinho

Ohhhhhhhhh

(REFRÃO)
Até agora eu sempre estive sozinha
Eu nunca me importei de verdade até eu te conhecer
E agora sinto arrepios até a espinha
Como eu poderia te deixar sozinho?
Como eu poderia te deixar sozinho?

Como eu poderia te deixar sozinho?
Como eu poderia te deixar sozinho?
Sozinho, sozinho



Posted by alone

Dated 01dez10

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Johnny Logan - Whats another year

Carta para Ti, Marta



Mais um aniversário, hein, Filhota?!...
Que bom.
Continuo a lembrar-me do teu nascimento, em Alcochete,
tão ternamente assistida pelas Irmãs daquela Maternidade.
Vi-te logo que saíste da sala de partos.
Esperneando e chorando alto:
“só” podias ser tu.
Não tenho sido tanto um PAI PRESENTE na tua vida e QUANTO GOSTARIA de o ter sido, mas, acredita, ESTOU SEMPRE contigo na memória e no coração.
Tu SABES que SIM...!!!
Neste 1º de Dezembro, festejo para além do teu aniversário, o da avó Odete que, infelizmente, já não está entre nós.
Mas a hora não é de tristeza.
É de lembrança SIM, mas, essencialmente, de JÚBILO.
Tens sido sempre uma filha que, tanto eu como a tua mãe, acarinhamos com a ternura que tu sempre fizeste por merecer.
E é com ALEGRIA que, mais uma vez, estando aqui do Brasil, estou a desejar-te TUDO aquilo a que TENS DIREITO: AMOR, SAÚDE, TRANQUILIDADE e MUITO, MUITO CARINHO de TODOS quantos te rodeiam.

TU MERECES.

Pai Rui (alone)

Written and Posted by alone
Dated 30nov10

NÃO ME LEVES A MAL, PERDOA...



Não leves a mal, perdoa...
Mas a frieza que eu ponho
Nos meus beijos —
Não é cansaço, nem tédio.

O teu corpo
Tem o charme necessário
Para iludir ou prender,
E a tua boca
Tem o aroma dos cravos —
À tarde, ao anoitecer.

Não é cansaço, nem tédio.
É somente uma certeza
Que eu não sei como surgiu
Aqui — no meu coração:

Não, amor; não és aquele
Que o meu sonho distinguiu...
— Não queiras a realidade.

A realidade mentiu...


ANTÓNIO BOTTO




Posted by alone


Dated 30nov10

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Português “marinheiro”


Portugal.

Noite de junho de um ano qualquer.
Vagueando por uma das ruas centrais da "minha cidade" ia pensando, pensando.
Tentava me orientar.
Procurar os melhores caminhos.
Encontrar soluções.
Com mais de 50 anos e tendo vindo de uma situação amorosa e de vida “muito má” no Brasil, tinha chegado a Portugal com 30 Euros no bolso.
Valeu o facto de ter o apartamento de minha mãe para morar. Apartamento que estava desocupado desde que, minha mãe, devido a múltiplas doenças associadas, estava numa lar de repouso para idosos (vulgo: leito da “morte”, com honrosas excepções...).
Os dias passavam e O emprego não aparecia. “Amigos”, era “contá-los” pelos dedos e, de nenhum, saía uma “situação provisória”, que fosse.
Amigo para beber uns copos, encontra-se SEMPRE. Para uma ajuda, quando necessária, quase sempre... NÃO!
Estava feliz por estar em Portugal e na minha cidade de novo.
Isso estava.
Mas faltava o trabalho e...os Euros.
Afinal, aquilo com que se “compra os melões”!
Tentava não penar nesse pequeno/grande pormenor, mas ele voltava sempre à minha cabeça.
O dinheiro escasseava.
Dos 30 Euros, “sobrava” só uns míseros 1,65 que, segundo me recorda, deu para comprar uma embalagem de esparguete e uma latinha de atum.
Esta seria a minha última refeição e depois... só a “imaginação” poderia ajudar nesta “causa”.
Lembrei-me da única peça de ouro que ainda tinha comigo. Sim porque, o restante, tinha ficado no Brasil para ajudar na compra da passagem aérea.
Era um cordão fininho de ouro que era de minha avó e que me tinha sido passado, um dia, por minha mãe. Com um pequeno crucifixo, também em ouro.
Tinha resistido sempre “à tentação” de me desfazer dele ate por que, ele, fazia já, parte de mim.
1, 2, 3 dias a comer o “restinho” que possuía de mantimentos em casa e, mesmo de forma titubeante, entrei numa casa que comprava ouro.
Avaliada, a resposta surgiu rápida na voz da comerciante: 16 Euros.
16 Euros?...
Dezasseis!...
A primeira “coisa” que apareceu na mina cabeça, “tipo néon”: LADRA!
Mas o “ronco” de um estômago vazio me fez “despertar” para a vida.
SIM, aceito!
Mas ela disse mais: se não vier buscar a peça em 48 horas, com o devido juro, NÃO MAIS pode reavê-la.
Óbvio que NÃO PODIA!
Justo, pensei.
“FUD... e MAL PAGO”!
Quando recebi os Euros, mais parecia que estes me “queimavam” as mãos.
O que minha mãe iria pensar disto? O que EU pensava disto? Será que ela, algum dia “me iria perdoar”?
Continuarei.
A vida é feita de avanços e recuos.
Tinha recuado para avançar.
Até onde? Até quando?
O destino se encarregou de o ditar.
Hoje, casado e a viver no Brasil, tenho mais, muito mais que os 16 Euros que tinha, naquela altura.
Mas, “a cabeça”, já está de novo em Portugal.
Arriscar aos 60?
Ah... Português dos “sete mares andarilho, fosse quem sabe o primeiro...”., como diz o fado-canção.




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Dated 29nov10

Sobre o regaço



Sobre o regaço tinha
o livro bem aberto;
tocavam em meu rosto
seus caracóis negros.
Não víamos as letras
nem um nem outro, creio;
mas guardávamos ambos
fundo silêncio.
Por quanto tempo? Nem então
pude sabê-lo.
Sei só que não se ouvia mais que o alento,
que apressado escapava
dos lábios secos.
Só sei que nos voltámos
os dois ao mesmo tempo,
os olhos encontraram-se
e ressoou um beijo.



Gustavo Adolfo Bécquer


Posted by alone

Dated 29nov10

domingo, 28 de novembro de 2010

O Povo é "sábio"...


Não tente afogar as suas mágoas.

Todas elas sabem nadar.


Posted by alone

Dated 28nov10

Uma vez...


Era uma rapariga de

olhos castanhos.


Olhei para ela.

Sorriu-me.


Naquele olhar e

naquele sorriso

reencontrei

toda a felicidade que,

um dia,

havia perdido.


Por um mesmo olhar,

por um mesmo sorriso.




Written and Posted by alone


Dated 28nov10


Nota Importante: embora em Português, o termo "rapariga" NÃO TEM o mesmo significado, em Portugal e no Brasil. Ora, EU, sou Português e escrevo "à nossa maneira" e quero dizer exactamente aquilo que pretendo EXPRESSAR.

Só isso...!!!

CARLOS DO CARMO - Um Homem na Cidade

Ele é "ÚNICO". Carlos do Carmo canta LISBOA como ninguém.

Procura a maravilha


Procura a maravilha.

Onde um beijo sabe
a barcos e bruma.

No brilho redondo
e jovem dos joelhos.

Na noite inclinada
de melancolia.

Procura.

Procura a maravilha.


Eugénio de Andrade



Posted by alone

Dated 28nov10