Eu e SÓ EU...

Eu e SÓ EU...
Alone

Chegar ou partir...

Como EU sou...

Photo Effects by Wishafriend
Photo Effects By WishAFriend.com

Bom Dia, Boa Noite... "essas coisas"!

Posting

Photo Flipbook Slideshow Maker
PORTUGAL é "só isto"...?!... NÃO... essencialmente, é UM POVO...!!!

Provérbios

“Só um sentido de invenção e uma necessidade intensa de criar levam o homem a revoltar-se, a descobrir e a descobrir-se com lucidez”. (Pablo Picasso)

PORTRAIT




Não importa quantos passos você deu para trás, o importante é quantos passos, agora, você vai dar para frente.

Gedeão


Eu, quando choro, não choro eu. Chora aquilo que nos homens em todo o tempo sofreu. As lágrimas são as minhas mas o choro não é meu.A.Gedeão

A(o)s que me deixam MENOS alone...!!!

Mostrando postagens com marcador bocage. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador bocage. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Já Bocage não sou! . . . À cova escura



Já Bocage não sou! . . . À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento . . .
Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.




Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa! . . . Tivera algum merecimento,
Se um raio de razão seguisse, pura!



Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:



"Outro aretino fui . . . A santidade
Manchei . . . Oh!, se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na Eternidade!"



Elmano Sadino - Bocage


Nascido em Setúbal 15/09/1765 Faleceu em Lisboa 21/12/1805



Origem do Poema: jornaldepoesia.jor.br





Posted by alone Dated18may2011


segunda-feira, 16 de maio de 2011

SONETO DE TODOS OS CORNOS - BOCAGE (?)



Não lamentes, Alcino, o teu estado,
Corno tem sido muita gente boa;
Cornissimos fidalgos tem Lisboa,
Milhões de vezes cornos teem reinado.

Sicheu foi corno, e corno de um soldado:
Marco Antonio por corno perdeu c'roa;
Amphitryão com toda a sua proa
Na Fabula não passa por honrado;

Um rei Fernando foi cabrão famoso
(Segundo a antiga lettra da gazeta)
E entre mil cornos expirou vaidoso;

Tudo no mundo está sujeito à greta:
Não fiques mais, Alcino, duvidoso,
Pois isto de ser corno é tudo peta.

[José Anselmo Correa Henriques]

A fama do portuguez Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805) não se divide apenas em "boa" e "má", isto é, entre a modelar poesia arcadica ou romantica e a malexemplar poesia fescennina: esta mesma é motivo de controversia, a partir do poncto em que foi renegada pelo proprio auctor. Não vou aqui esmiuçar factos e versões de fontes e perversões. Limito-me a resgatar, para divulgação na rede virtual, a parcella expurgada da producção bocageana, tal como fiz com as "obras livres" de Laurindo Rabello, successor de Bocage no Brasil. Ao seleccionar e annotar os sonetos eroticos do lusitano, não pude, sem embargo, manter-me indifferente a uma hypothese apocrypha que vem incommodando alguns biographos e historiadores. Que Bocage era genial não cabe duvida, como não se desmente a vida devassa que dá respaldo a seus versos. O que intriga o pesquisador é a tendencia a attribuir ao maldicto obras que elle mesmo admittia serem de outrem, mas que editores e leitores "preferiam" que fossem delle, seja por admiração ou diffamação. Hoje não dá para propor revisionismos no que ja se tornou lendario. Resta simplesmente registrar algumas auctorias, que, si fossem cabalmente restabelecidas, dariam a entender que pelo menos o sonetario pornographico pertenceria a nomes menos conhecidos, sinão obscuros.

BOCAGE, O DESBOCCADO;
BOCAGE, O DESBANCADO

selecção, introducção e notas de

GLAUCO MATTOSO

In http://www.elsonfroes.com.br/bocage.htm






Posted by alone Dated16may2011


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Levar-te à boca



Levar-te à boca,
beber a água
mais funda do teu ser -

se a luz é tanta,
como se pode morrer?



Eugénio de Andrade




Posted by alone

Dated14jan11

sábado, 1 de janeiro de 2011

A boca


Eugénio de Andrade

A boca,

onde o fogo
de um verão
muito antigo

cintila,

a boca espera

que pode uma boca
esperar
senão outra boca?

espera o ardor
do vento
para ser ave,

e cantar.



Posted by alone

Dated01jan11

domingo, 5 de dezembro de 2010

Já Bocage não sou!... À cova escura

Uma das suas "musas" continua a contemplá-lo na cidade de Setúbal e na Praça mais nobre da cidade: Praça du Bocage

Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.

Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!

Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:

Outro Aretino fui... A santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!


Bocage



Posted by alone


Dated 05dez10