Eu e SÓ EU...

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PORTUGAL é "só isto"...?!... NÃO... essencialmente, é UM POVO...!!!

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“Só um sentido de invenção e uma necessidade intensa de criar levam o homem a revoltar-se, a descobrir e a descobrir-se com lucidez”. (Pablo Picasso)

PORTRAIT




Não importa quantos passos você deu para trás, o importante é quantos passos, agora, você vai dar para frente.

Gedeão


Eu, quando choro, não choro eu. Chora aquilo que nos homens em todo o tempo sofreu. As lágrimas são as minhas mas o choro não é meu.A.Gedeão

A(o)s que me deixam MENOS alone...!!!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sem abrigo...



Estes homens e mulheres são ilhas de carne, náufragos num mar de gente que não tem nem os olhos nem os ouvidos necessários para os ver ou ouvir, estes seres são ilhas que, por definição, nunca se tocam, mas que se entendem de alguma forma, criam-se enquanto arquipélagos de gente, desenvolvendo acordos tácitos, linguagens comuns, falas silenciosas construídas sobre olhares e resmungos inaudíveis, perceptíveis apenas através da dança das rugas dos seus rostos, são uma sub-espécie humana, composta, todavia, e no seu todo, por membros da espécie maior, são iguais a todos os outros, a única diferença consistindo no facto de parecerem eles não ter nome ou idade, nem sonhos dentro da cabeça ou um coração no peito e outro na alma, são cidadãos esquecidos, deliberadamente esquecidos, somos nós que os vemos e esvaziamos o olhar, para que não se veja que vimos, somos homens e mulheres de olhos vazios, escondendo-nos de um outro em farrapos, somos um exército de mortos-vivos filhos da puta sem consciência ou coragem, dois vocábulos grandes e grandemente apagados da consciência colectiva.

Mas, e para se ser totalmente honesto, neste mar que somos, este mundo de corpos e cabeças, neste mar não existem senão ilhas, a água existe apenas em formato teórico, porque a prática dos dias mostra que todos somos pedaços de terra isolada entre águas frias, ninguém se toca, ninguém se sente, há sempre uma barreira invisível, uma membrana transparente que nos deixa parecer colados uns aos outros, mas sem nunca nos sentirmos. Somos uma multidão de corpos ignorantes do outro, habitantes dentro de castelos, somos almas abandonadas como casas em meio de campos, exército que se destrói e a outros na ânsia de encontrar uma fuga à solidão, uma fuga ao esquecimento dos sonhos e calor humanos, procuramos uma forma de encontrar algures alguém que seja mais do que um corpo apenas e esquecido, mais do que uma fortaleza de vidraça, mais do que um mero fragmento do que se podia ser.



Autor:Angraz


Fonte: luso-poemas.net




Posted by alone Dated30jun2011


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