Um emigrante é um português de segunda
Cavaleiro andante que traz no peito Portugal
Pelo estrangeiro para ganhar a vida, vagabunda
E as lágrimas correm quando chega o Natal.
Traz com ele um velho fado e uma guitarra,
Um garrafão o presunto e o choriço do país
Aquece-se com as brasas da sardinha assada
E canta um fado, pois que o fado é a sua raíz.
Deixa a familia, mulher, filhos, e os amigos
Deixa a aldeia ou a vila que um dia o viu nascer
Deixa o mar deixa a praia e deixa o trigo
Do seu Alentejo onde ele queria um dia morrer
É um emigrante português que não é jamais ouvido
Mas que no seu peito alimenta do seu País a saudade.
Não esquece Portugal, mas por ele é esquecido
Pois que de lá não vem nem um pouco de amizade
Alberto da Fonseca
Site: Luso-Poemas.net
Posted by alone
Dated24apr2011
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