Faleceu na tarde/noite da passada Sexta-Feira, dia 12, o doutor HÉLIO MIGLIARI FILHO, em Ourinhos/SP com 52 anos de idade.
O doutor Hélio era um “homem da cidade”. Como médico, como filho de um homem que deixou “obra feita na cidade” também na área da Medicina, como Político e, essencialmente para mim, um “amigo do seu amigo”. Daquele tipo de médicos “em extinção, estilo “João Semana”, que não tinha horas “normais” em serviço e que até, não “disfarçava” PARA NÃO VER um seu “paciente” na rua.
Conheci o Hélinho há mais ou menos 1 ano e meio/2 anos. Fui indicado, pra ele, creio que por um outro colega que sabia que ele trabalhava, para além da área de Medicina Geral, também, na área da Diabetes. E foi assim que começamos uma relação paciente-doutor-paciente-doutor-amigos que perdurou até agora ao seu falecimento.
Tivemos consultas em que, como médico, ele assumia o seu direito de me pedir mais empenhamento nos tratamentos que fazia e marcava metas. Outras “consultas” eram mais de uma conversa informal de Brasileiro com Português e vice-versa, ou então, se eu estava bastante maltratado “psicologicamente”, ele começava por querer saber “o que se passava” e daí, bem depois, partíamos para a consulta. Não raras vezes também abordávamos algumas “coisas” da sua vida pessoal/política.
A partir de uma certa altura ele começou a me tratar por “guri”, termo carinhoso que ele sempre usava quando vinha do consultório à sala de espera para acompanhar um paciente, na rua ou num super-mercado: “ÒOO, GURI”... lembro-me sempre da saudação, assim que me via, acrescentando sempre a essa frase, no seu consultório, dirigindo-se aos outros pacientes: este é o Português que vai um dia ser o Presidente de Portugal!... E eu, claro, ria...!!!
Na última consulta que tive com ele, para aí há 35/40 dias (e que não foi "bem" consulta, ou seja, fui eu que fui lá para saber se ele tinha um medicamento que custa caríssimo e que ele me “doava” e que lhe era, habitualmente, fornecido como “amostras” pelos delegados de Propaganda Médica...!) e ele disse assim para mim: “GURI, AGORA GOSTO DE TE VER! ESTÁS COM UM EXCELENTE ASPECTO FÍSICO E COM UM SORRISO NOS OLHOS...!!!...
Não vou estar aqui a contar mais factos ou “lendas” do doutor Hélio Migliari. Os seus pacientes, dos sectores privado e do Serviço de Saúde, nomeadamente do Bairro da COHAB, sabiam BEM “em QUEM” e “com QUEM” PODIAM CONTAR E CONFIAR...!!!
O “seu” Guri chorou ontem quando, inesperadamente, soube da sua MORTE FÍSICA. Estive com você, doutor, quando você “esperava” a sua ida para o cemitério da cidade. Dei uma camiseta de Portugal para a sua esposa e expliquei-lhe o porquê. De resto, doutor Hélinho, “a gente” se vê por “aí”...!!!
Os “nossos” AMIGOS NUNCA PARTEM NEM SE AUSENTAM do “nosso” CORAÇÂO.
Porque raio havias de ser “diferente”, doutor HÉLINHO...?!...
O doutor Hélio era um “homem da cidade”. Como médico, como filho de um homem que deixou “obra feita na cidade” também na área da Medicina, como Político e, essencialmente para mim, um “amigo do seu amigo”. Daquele tipo de médicos “em extinção, estilo “João Semana”, que não tinha horas “normais” em serviço e que até, não “disfarçava” PARA NÃO VER um seu “paciente” na rua.
Conheci o Hélinho há mais ou menos 1 ano e meio/2 anos. Fui indicado, pra ele, creio que por um outro colega que sabia que ele trabalhava, para além da área de Medicina Geral, também, na área da Diabetes. E foi assim que começamos uma relação paciente-doutor-paciente-doutor-amigos que perdurou até agora ao seu falecimento.
Tivemos consultas em que, como médico, ele assumia o seu direito de me pedir mais empenhamento nos tratamentos que fazia e marcava metas. Outras “consultas” eram mais de uma conversa informal de Brasileiro com Português e vice-versa, ou então, se eu estava bastante maltratado “psicologicamente”, ele começava por querer saber “o que se passava” e daí, bem depois, partíamos para a consulta. Não raras vezes também abordávamos algumas “coisas” da sua vida pessoal/política.
A partir de uma certa altura ele começou a me tratar por “guri”, termo carinhoso que ele sempre usava quando vinha do consultório à sala de espera para acompanhar um paciente, na rua ou num super-mercado: “ÒOO, GURI”... lembro-me sempre da saudação, assim que me via, acrescentando sempre a essa frase, no seu consultório, dirigindo-se aos outros pacientes: este é o Português que vai um dia ser o Presidente de Portugal!... E eu, claro, ria...!!!
Na última consulta que tive com ele, para aí há 35/40 dias (e que não foi "bem" consulta, ou seja, fui eu que fui lá para saber se ele tinha um medicamento que custa caríssimo e que ele me “doava” e que lhe era, habitualmente, fornecido como “amostras” pelos delegados de Propaganda Médica...!) e ele disse assim para mim: “GURI, AGORA GOSTO DE TE VER! ESTÁS COM UM EXCELENTE ASPECTO FÍSICO E COM UM SORRISO NOS OLHOS...!!!...
Não vou estar aqui a contar mais factos ou “lendas” do doutor Hélio Migliari. Os seus pacientes, dos sectores privado e do Serviço de Saúde, nomeadamente do Bairro da COHAB, sabiam BEM “em QUEM” e “com QUEM” PODIAM CONTAR E CONFIAR...!!!
O “seu” Guri chorou ontem quando, inesperadamente, soube da sua MORTE FÍSICA. Estive com você, doutor, quando você “esperava” a sua ida para o cemitério da cidade. Dei uma camiseta de Portugal para a sua esposa e expliquei-lhe o porquê. De resto, doutor Hélinho, “a gente” se vê por “aí”...!!!
Os “nossos” AMIGOS NUNCA PARTEM NEM SE AUSENTAM do “nosso” CORAÇÂO.
Porque raio havias de ser “diferente”, doutor HÉLINHO...?!...
Written and Published by Antonio Rui (alone) Dated14aug2011
Infelizmente as pessoas morrem fisicamente e se ausentam de nós. Mas a saudade é o amor que fica não é? E a semente plantada em seu coração pelo Hélio nunca morrerá.Meus sentimentos por esse seu amigo que se foi.
ResponderExcluirBeijokas doces.
A morte em si é uma grade perda e quem quer perder?
ResponderExcluirObrigada por está comig.
Deixo um beijo carinhos