Eu e SÓ EU...

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Alone

Chegar ou partir...

Como EU sou...

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Bom Dia, Boa Noite... "essas coisas"!

Posting

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PORTUGAL é "só isto"...?!... NÃO... essencialmente, é UM POVO...!!!

Provérbios

“Só um sentido de invenção e uma necessidade intensa de criar levam o homem a revoltar-se, a descobrir e a descobrir-se com lucidez”. (Pablo Picasso)

PORTRAIT




Não importa quantos passos você deu para trás, o importante é quantos passos, agora, você vai dar para frente.

Gedeão


Eu, quando choro, não choro eu. Chora aquilo que nos homens em todo o tempo sofreu. As lágrimas são as minhas mas o choro não é meu.A.Gedeão

A(o)s que me deixam MENOS alone...!!!

sábado, 3 de setembro de 2011

"Aos Pregadores de Moral" com DEDICATÓRIA "especial...

Uma "espécimen" que AINDA NÃO ESTÁ em vias de extinção... INFELIZMENTE!...




Não quero fazer moral, mas dou o seguinte conselho àqueles que a fazem: se quereis tirar às melhores coisas todo o prestígio e todo o valor, continuai a falar delas como o fazeis. Fazei disso o centro da vossa moral, repeti de manhã à noite a felicidade da virtude, a tranquilidade da alma, a equidade e a justiça imanente; pelo caminho por onde ides, essas excelentes coisas acabarão por ganhar o coração do povo; a voz do povo estará do seu lado; mas, passando de mão em mão, perderão toda a sua duradoura; pior: o seu ouro transformar-se-á em chumbo. Ah! Como sois peritos nessas contra-alquimias! Como sabeis desvalorizar as substâncias mais preciosas! Tentai, portanto, uma vez, a título de experiência, uma receita diferente, se não quereis, como até agora, conseguir o contrário daquilo que procurais: negai essas excelentes coisas, retirai-lhes o aplauso da multidão, entravai a sua circulação, voltai a fazê-las outra vez o objecto de secreto pudor da alma solitária, dizei que a moral é um fruto proibido! Talvez ganheis então para a vossa causa a única espécie de homens que interessa, quero dizer, a raça dos heróis. Mas seria necessário que esta causa inspirasse o receio, e não o desprezo, como fez até aqui! Não seremos, com efeito, tentados hoje a dizer à moral, à maneira de Mestre Eckardt: «Peço a Deus que me liberte de Deus?»

Friedrich Nietzsche, in 'A Gaia Ciência'

DEDICATÓRIA "especial": este texto (...e outros que poderia aqui reproduzir...) vai inteirinho para a Direção da ETEC - Jacinto Ferreira de Sá em Ourinhos/SP e para "aquele(a)s" que seguem "na sua peugada", farejando e lambendo-lhe os pés...! ELE(A)S sabem QUEM SÃO...!!!





Written and Published by alone Dated03sep2011




sexta-feira, 2 de setembro de 2011

As Palavras Interditas - Eugénio de Andrade (Vídeo)





Exercício de stopmotion realizado na disciplina de Laboratório de Som & Imagem do curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação da UP. Fotografia + Caixa de música (reverse mode). - Vidé Vídeo -



Posted by alone Dated02sep2011


«Nós, portugueses, não gostamos de trabalho»



A rede de Transportes só é comparavél à do Japão...!!!



Vice-presidente da Hovione acredita que o trabalho «nos liberta da pobreza». E diz que «o problema» não está nos ricos



Portugueses a trabalhar na relva das suas sumptuosas casas...!!!





O vice-presidente da Hovione saltou para a ribalta quando, numa conferência em que José Sócrates conversava com empresários, conseguiu irritar o ainda primeiro-ministro com uma curta intervenção. Agora, numa entrevista ao jornal «i», queixa-se que os portugueses «não gostam de trabalho» e que «só nos lembramos dos ricos para cobrar impostos».


Em Portugal: de pequenino é que começa a "lhes torcer o pepino"...!!!



«Nós, por questões religiosas, não gostamos de trabalho. O trabalho foi o castigo por Adão e Eva terem cometido o pecado original (...) Existe numa grande parte da nossa sociedade a ideia de trabalhar o menos possível. Safar-me ao trabalho, sempre que possa. Mas o trabalho liberta-nos da pobreza», afirmou Peter Villax, que propõe que se aumente a semana de trabalho, em vez de reduzir a Taxa Social Única.

Para o responsável desta multinacional com sede em Portugal, os aumentos de impostos para os mais ricos não são a solução. «Estou farto desta demagocia. Os ricos não são o problema, os pobres é que são o problema! É com os pobres e com a pobreza que temos de acabar, não é com os ricos!»

Villax sugere mesmo baixar as taxas de IRS e IRC aos mais ricos «em troca da criação de empregos novos». «Só nos lembramos dos ricos para cobrar impostos», lamenta.

Para o vice-presidente da Hovione, «Portugal convive mal com questões de riqueza». «Quando as nossas publicações falam sobre as pessoas mais ricas do país é para mostrar que os índices de desigualdade são cada vez maiores. O que é verdade, e é um problema que temos de atacar. Mas não é pelos ricos serem mais ricos, é por os pobres não enriquecerem», reforça.

Aos pobres, reconhece apenas um poder. «A grande fraqueza do capitalismo é que não se preocupa com questões sociais (...) É isto que provoca os motins em Londres. Uma parte da população que não tem nada a não ser problemas e só tem um direito, o poder de fazer a revolução. E, periodicamente, fá-la», avisa.

Peter Villax deixa ainda um recado para os seus colegas: «O empresário português é um privilegiado, porque a sociedade exige-lhe muito pouco. Exige-lhe só, e cada vez mais, que pague os seus impostos, mas não lhe exige que gere riqueza.»

1 comentário
Rui Filipe 2011-09-02 13:32
fico chocado
Isto é mais um sinal claro de que o Capitalismo esta moribundo e desprovido de qualquer sentido etico e de respeito do sentido Humano. Os pobrezinhos que se utiliza neste artigo são as bases e os alicerces para que esta economia capitalista e desumana possa funcionar. Sem eles não existe exploração do trabalho humano que garantem a aquisição de Vivendas, carros, barcos e ilhas. Estes pobrezinhos andam á anos a trabalhar muitas vezes em condições desumanas, com salarios que não lhes garantem sequer o suficiente para colocarem a comida á mesa ou sequer garantir a instrução aos seus descendentes que irão engrossar a mão de obra para que estes supostos ricos possam continuar a adquirir bens e serviços de extrema riqueza. Aposto que enquanto morrem crianças por falta de cuidados de saude ou por falta de alimento, estes comentadores estão a escolher um carro novo de 150.000€ que vão oferecer ao filho que faz anos e que vai ser o futuro administrador da fortuna da familia e que, sem nunca ter sabido o que é trabalhar com responsabilidade, vai dar continuidade ao enriquecimento brutal á custa do trabalho dos pobrezinhos. Meus caros numa casa o telhado é importante mas sem as base, os alicerces, aq estrutura cai... e o telhado deixa de ter onde se apoiar. é uma vergonha que alguem diga uma coisa destas, quando temos o 2º individuo mais rico dos USA a reconhecer que os ricos são uns previligiados que pagam menos de metade dos impostos dos pobres e sentido-se envergonhado com esta situação pedindo ao senado para lhe serem aplicados mais impostos. este senhor confessou que se sentia incomodado por pagar 17% quando os "pobrezinhos" que lhe prestam serviço pagarem 30% e mais... Matem os pobres e acabem com essa raça e depois trabalhem os ricos e produzam. Vão Limpar WC´s, arranjar jardins, desentupir esgotos, cavar valas nas estradas á chuva e ao sol.. e depois digam como gosta de trabalhar e quanto são uteis á sociedade.

Fonte: tvi24.iol.pt/



Posted by alone Dated02sep2011

As pessoas sensíveis



As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas

O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra

“Ganharás o pão com o suor do teu rosto” Assim nos foi imposto
E não:
“Com o suor dos outros ganharás o pão”

Ó vendilhões do templo
Ó construtores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito

Perdoais–lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem

Sophia de Mello Breyner Andresen

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto (Portugal), em 1919, e morreu em 2004. Estudou filologia clássica na Faculdade de Letras de Lisboa. Estreou em 1944, com "Poesia". Além de poemas, escreveu contos, literatura infantil e ensaios. Traduziu Eurípedes, Dante e Shakespeare. Recebeu inúmeros prêmios, entre os quais destacam-se o "Camões" (1999) e o "Reina Sofía" (2004).


Poema extraído do livro "Poemas escolhidos - Sophia de Mello Breyner Andresen", Cia. das Letras - São Paulo, 2004, pág. 151, seleção de Vilma Arêas.

Fonte: releituras.com




Posted by alone Dated02sep2011




quinta-feira, 1 de setembro de 2011

TESTE DE RACISMO ("coisa" que NÃO HÁ por aquí... certo?!...)



Responda rápido:

Num galinheiro existiam 30 galinhas.

Um negão levou 10 galinhas.

Quantas galinhas ficaram no galinheiro?



RESULTADO ABAIXO:




Pense antes de responder....





Não olhe a resposta certa até ter formulado a sua.
























Resultado:


Se você respondeu 20 galinhas - Você é racista!

Se você respondeu 40 galinhas - Parabéns!!!

Se tinham 30 e o negão levou mais 10, ficaram 40 galinhas.


Eu não disse que o negão tinha roubado...

Fonte: textos_legais.sites.uol.com.br




Posted by alone Dated01sep2011



A TIGELA DE MADEIRA



Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de
quatro anos de idade.
As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes.
A família comia reunida à mesa.
Mas, as mãos trêmulas e a visão
falha do avô o atrapalhavam na hora de comer.
Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão.
Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa.
O filho e a nora irritaram-se com a bagunça.
- Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai
- disse
o filho.
- Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.
Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da
cozinha.
Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.
Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora
era servida numa tigela de madeira.
Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes
ele tinha lágrimas em seus olhos.
Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.
O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio.
Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno
estava no chão, manuseando pedaços de madeira.
Ele perguntou delicadamente à criança:
- O que você está fazendo?
O menino respondeu docemente:
- Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem,
quando eu crescer.
O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho.
Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos.
Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.
Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito.
Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente
conduziu-o à mesa da família.
Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as
refeições com a família.
E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais
quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.

Cláudio Seto

Site: textos_legais.sites.uol.com.br




Posted by alone Dated01sep2011



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Um Segredo de um Casamento Feliz (ora aí está um texto que me convem...)


Desde que a Maria João e eu fizemos dez anos de casados que estou para escrever sobre o casamento. Depois caí na asneira de ler uns livros profissionais sobre o casamento e percebi que eu não percebo nada sobre o casamento.

Confesso que a minha ambição era a mais louca de todas: revelar os segredos de um casamento feliz. Tendo descoberto que são desaconselháveis os conselhos que ia dar, sou forçado a avisar que, quase de certeza, só funcionam no nosso casamento.

Mas vou dá-los à mesma, porque nunca se sabe e porque todos nós somos muito mais parecidos do que gostamos de pensar.

O casamento feliz não é nem um contrato nem uma relação. Relações temos nós com toda a gente. É uma criação. É criado por duas pessoas que se amam.

O nosso casamento é um filho. É um filho inteiramente dependente de nós. Se nós nos separarmos, ele morre. Mas não deixa de ser uma terceira entidade.

Quando esse filho é amado por ambos os casados - que cuidam dele como se cuida de um filho que vai crescendo -, o casamento é feliz. Não basta que os casados se amem um ao outro. Têm também de amar o casamento que criaram.

O nosso casamento é uma cultura secreta de hábitos, métodos e sistemas de comunicação. Todos foram criados do zero, a partir do material do eu e do tu originais.



Foram concordados, são desenvolvidos, são revistos, são alterados, esquecidos e discutidos. Mas um casamento feliz com dez anos, tal como um filho de dez anos, tem uma personalidade mais rica e mais bem sustentada, expressa e divertida do que um bebé com um ano de idade.

Eu só vivo desta maneira - que é o nosso casamento - vivendo com a Maria João, da maneira como estamos um com o outro, casados. Nada é exportável. Não há bocados do nosso casamento que eu possa levar comigo, caso ele acabe.

O casamento é um filho carente que dá mais prazer do que trabalho. Dá-se de comer ao bebé mas, felizmente, o organismo do bebé é que faz o trabalho dificílimo, embora automático, de converter essa comida em saúde e crescimento.

Também o casamento precisa de ser alimentado mas faz sozinho o aproveitamento do que lhe damos. Às vezes adoece e tem de ser tratado com cuidados especiais. Às vezes os casamentos têm de ir às urgências. Mas quanto mais crescem, menos emergências há e melhor sabemos lidar com elas.

Se calhar, os casais apaixonados que têm filhos também ganhariam em pensar no primeiro filho que têm como sendo o segundo. O filho mais velho é o casamento deles. É irmão mais velho do que nasce e ajuda a tratar dele. O bebé idealmente é amado e cuidado pela mãe, pelo pai e pelo casamento feliz dos pais.

Se o primeiro filho que nasce é considerado o primeiro, pode apagar o casamento ou substitui-lo. Os pais jovens - os homens e as mulheres - têm de tomar conta de ambos os filhos. Se a mãe está a tratar do filho em carne e osso, o pai, em vez de queixar-se da falta de atenção, deve tratar do mais velho: do casamento deles, mantendo-o romântico e atencioso.

Ao contrário dos outros filhos, o primeiro nunca sai de casa, está sempre lá. Vale a pena tratar dele. Em contrapartida, ao contrário dos outros filhos, desaparece para sempre com a maior das facilidades e as mais pequenas desatenções. O casamento feliz faz parte da família e faz bem a todos os que também fazem parte dela.

Os livros que li dão a ideia de que os casamentos felizes dão muito trabalho. Mas se dão muito trabalho como é que podem ser felizes? Os livros que li vêem o casamento como uma relação entre duas pessoas em que ambas transigem e transaccionam para continuarem juntas sem serem infelizes. Que grande chatice!

Quando vemos o trabalho que os filhos pequenos dão aos pais, parece-nos muito e mal pago, porque não estamos a receber nada em troca. Só vemos a despesa: o miúdo aos berros e a mãe aflita, a desfazer-se em mimos.

É a mesma coisa com os casamentos felizes. Os pais felizes reconhecem o trabalho que os filhos dão mas, regra geral, acham que vale a pena. Isto é, que ficaram a ganhar, por muito que tenham perdido. O que recebem do filho compensa o que lhe deram. E mais: também pensam que fizeram bem ao filho. Sacrificam-se mas sentem-se recompensados. Num casamento feliz, cada um pensa que tem mais a perder do que o outro, caso o casamento desapareça. Sente que, se isso acontecer, fica sem nada. É do amor. Só perdeu o casamento deles, que eles criaram, mas sente que perdeu tudo: ela, o casamento deles e ele próprio, por já não se reconhecer sozinho, por já não saber quem é - ou querer estar com essa pessoa que ele é.

Se o casamento for pensado e vivido como uma troca vantajosa - tu dás-me isto e eu dou-te aquilo e ambos ficamos melhores do que se estivéssemos sozinhos -, até pode ser feliz, mas não é um casamento de amor.

Quando se ama, não se consegue pensar assim. E agora vem a parte em que se percebe que estes conselhos de nada valem - porque quando se ama e se é amado, é fácil ser-se feliz. É uma sorte estar-se casado com a pessoa que se ama, mesmo que ela não nos ame.

Ouvir um casado feliz a falar dos segredos de um casamento feliz é como ouvir um bilionário a explicar como é que se deve tomar conta de uma frota de aviões particulares - quantos e quais se devem comprar e quais as garrafas que se deve ter no bar, para agradar aos convidados.

Dirijo-me então às únicas pessoas que poderão aproveitar os meus conselhos: homens apaixonados pelas mulheres com quem estão casados.

E às mulheres apaixonadas pelos homens com quem estão casadas? Não tenho nada a dizer. Até porque a minha mulher continua a ser um mistério para mim. É um mistério que adoro, mas constitui uma ignorância especulativa quase total.

Assim chego ao primeiro conselho: os homens são homens e as mulheres são mulheres. A mulher pode ser muito amiga, mas não é um gajo. O marido pode ser muito amigo, mas não é uma amiga.

Nos livros profissionais, dizem que a única grande diferença entre homens e mulheres é a maneira como "lidam com o conflito": os homens evitam mais do que as mulheres. Fogem. Recolhem-se, preferem ficar calados.

Por acaso é verdade. Os livros podem ser da treta mas os homens são mais fugidios.

Em vez de lutar contra isso, o marido deve ceder a essa cobardia e recolher-se sempre que a discussão der para o torto. Não pode ser é de repente. Tem de discutir (dizê-las e ouvi-las) um bocadinho antes de fugir.

Não pode é sair de casa ou ir ter com outra pessoa. Deve ficar sozinho, calado, a fumegar e a sofrer. Ele prende-se ali para não dizer coisas más.

As más coisas ditas não se podem desdizer. Ficam ditas. São inesquecíveis. Ou, pior ainda, de se repetirem tanto, banalizam-se. Perdem força e, com essa força, perde-se muito mais.

As zangas passam porque são substituídas pela saudade. No momento da zanga, a solidão protege-nos de nós mesmos e das nossas mulheres. Mas pouco - ou muito - depois, a saudade e a solidão tornam-se insuportáveis e zangamo-nos com a própria zanga. Dantes estávamos apenas magoados. Agora continuamos magoados mas também estamos um bocadinho arrependidos e esperamos que ela também esteja um bocadinho.

Nunca podemos esconder os nossos sentimentos mas podemos esconder-nos até poder mostrá-los com gentileza e mágoa que queira mimo e não proclamação.

Consiste este segredo em esperar que o nosso amor por ela nos puxe e nos conduza. A tempestade passa, fica o orgulho mas, mesmo com o orgulho, lá aparece a saudade e a vontade de estar com ela e, sobretudo, empurrador, o tamanho do amor que lhe temos comparado com as dimensões tacanhas daquela raivinha ou mágoa. Ou comparando o que ganhamos em permanecer ali sozinhos com o que perdemos por não estar com ela.

Mas não se pode condescender ou disfarçar. Para haver respeito, temos de nos fazer respeitar. Tem de ficar tudo dito, exprimido com o devido amuo de parte a parte, até se tornar na conversa abençoada acerca de quem é que gosta menos do outro. Há conflitos irresolúveis que chegam para ginasticar qualquer casal apaixonado sem ter de inventar outros. Assim como o primeiro dever do médico é não fazer mal ao doente, o primeiro cuidado de um casamento feliz é não inventar e acrescentar conflitos desnecessários.

No dia-a-dia, é preciso haver arenas designadas onde possamos marrar uns com os outros à vontade. No nosso caso, é a cozinha. Discutimos cada garfo, cada pitada de sal, cada lugar no frigorífico com desabrida selvajaria.

Carregamos a cozinha de significados substituídos - violentos mas saudáveis e, com um bocadinho de boa vontade, irreconhecíveis. Não sabemos o que representam as cores dos pratos nas discussões que desencadeiam. Alguma coisa má - competitiva, agressiva - há-de ser. Poderíamos saber, se nos déssemos ao trabalho, mas preferimos assim.

A cozinha está encarregada de representar os nossos conflitos profundos, permanentes e, se calhar, irresolúveis. Não interessa. Ela fornece-nos uma solução superficial e temporária - mas altamente satisfatória e renovável. Passando a porta da cozinha para irmos jantar, é como se o diabo tivesse ficado lá dentro.

Outro coliseu de carnificina autorizada, que mesmo os casais que não podem um com o outro têm prazer em frequentar, é o automóvel. Aí representamos, através da comodidade dos mapas e das estradas mesmo ali aos nossos pés, as nossas brigas primais acerca das nossas autonomias, direcções e autoridades para tomar decisões que nos afectam aos dois, blá blá blá.

Vendo bem, os casamentos felizes são muito mais dramáticos, violentos, divertidos e surpreendentes do que os infelizes. Nos casamentos infelizes é que pode haver, mantidas inteligentemente as distâncias, paz e sossego no lar.

Miguel Esteves Cardoso, in "Jornal Público"





Posted by alone Dated31aug2011


EU SEI que NÃO SEI...



Todos nós sabemos como está a vida!



Os custos mais básicos estão a elevar-se –e de que forma- no dia-a-dia, os empregos começam a “rarear” (um bocadinho por todo o lado, não vamos ser líricos...!!!) e, aqueles “trabalhinhos” que, a grande maioria de nós, AINDA vamos “mantendo”, não sobem para “fasquias” que contrabalancem esses custos. Para “melhorar” as coisas, ainda “inventaram” aqueles Cartõezinhos Plastificados e que nos “permitem” fazermos vida de “Lordes” quando só temos REALMENTE dinheirinho para fazer uma vida... “pacata”, sem muitos “floreados”. Mas, infelizmente, o ser “ó mano” gosta de “se armar” e... o “caldo entorna”!


Claro que há os outros, ou seja, aqueles que ganham MUITO ou, mesmo, MUITO MUITO e, sem problemas, vão dando “uma de trabalhadores” e “nesse chorinho” lá vão ficando sempre MAIS RICOS e, ironia do destino, até constam em listas Mundiais dos mais Ricos do Mundo. Mas há “outros”... vejamos um exemplo que, por ser em Portugal, me dá “cabo da mona”: o dos futebolistas e dos Clubes de Futebol! Isto ACONTECE num País que ESTÁ EM GRAVE RECESSÃO e COM AJUDA ECONÓMICA DE VÁRIAS ENTIDADES MUNDIAIS é preciso que se diga!


Todos os dias leio nos jornais verdadeiras fortunas que Sporting, Porto, Benfica, Guimarães, etc., pagam por jogadores “meia-leca” vindos do “Eatrangeiro de fora” –nomeadamente do Brasil-, desprezando a “cantera” de miúdos Portugueses que são tão BONS como os MELHORES e deixando-os sair de Portugal “a pataco” para se afirmarem lá e, depois, serem chamados para as diversas Selecções de Portugal! Uma “estupidez”, claro, que faz acumular as dívidas dos Clubes Portugueses e que, mais tarde, SEREMOS –através disto ou daquilo- TODOS NÓS a PAGAR a "factura"!


Deixemo-nos de “merdices”: em PORTUGAL, NÃO TEMOS DINHEIRO PARA QUÊ...?!
Para o futebol NÃO É, certamente...!!! Aí temos e NÃO É ASSIM TÃO POUCO...!!!

Já sabíamos que os Políticos “morrem de Amores” pelo Futebol. Só que não precisam é PERSISTIREM em continuar a ser “BURROS” (peço perdão aos “ditos animais...) e a CARREGAR DE IMPOSTOS OU “SIMILARES” os CIDADÃOS ( e “as” Cidadãs...!) PORTUGUESES para “outros” esbanjarem em “Futebóis” de “cá-ra-cá-cá”... !!!

É que, “ao despois”, Políticos e Empresários (?) queixam-se para TODOS OS MALES da Constituição de 1976 já revista “n” vezes e da “pouca produtividade” dos trabalhadores Portugueses...!!!


É, não é...?!
UMA MERDA É QUE É...!!!




Written and Published by alone Dated31aug2011



terça-feira, 30 de agosto de 2011

Luis Miguel - La Barca




alone: uma voz bonita, uma canção de "embalar"... Gosto! E VOCÊ...?!...


Tá bom! Amanhã me diz...!!!


Jinhos.


Posted by alone Dated30aug2011

Lições da Vida - A vida nas empresas....



Lição n.º 1


Era uma vez um corvo que passava os dias sentado numa árvore, sem fazer nada.
Um coelhinho viu o corvo e perguntou-lhe:
"Posso ficar todo o dia sentado contigo sem fazer nada?"
E o corvo respondeu-lhe: "Claro, porque não?"
Então o coelhinho sentou-se no chão por baixo do corvo, e descansou.
De repente apareceu uma raposa matreira, saltou em cima do coelho, e comeu-o.

Moral da História:
Para estares sentado sem fazer nada, tens de estar sentado muito, muito alto.

Fonte: paginas.fe.up.pt/






Posted by alone Dated30aug2011




Árvores do Alentejo



Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte!

E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!

Florbela Espanca

Fonte: portodeabrigo.do.sapo.pt





Posted by alone Dated30aug2011



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Coral Luísa Todi Canta Glória de John Rutter 1º Andamento





Coral Luísa Todi canta Glória de John Rutter com Ensemble de músicos da Guarda Nacional Republicana.

Prova do mestrado em Direcção de Coral da MAestrina Gisela Sequeira.

Com participação de Manuel Rebelo e Organista Sérgio Silva entre outros grandes músicos. (vidé Vídeo)

Comentário: Uma grande obra e um trabalho imenso para um coral amador sem subsídios!
Ainda há quem trabalhe por amor à camisola, neste caso à musica.
reginadinis36 1 ano atrás


Posted by alone Dated29aug2011


SIGNIFICADO DA PALAVRA ANFITRIÃO



Na mitologia grega, Anfitrião era marido de Alcmena, a mãe de Hércules.

Enquanto Anfitrião estava na guerra de Tebas, Zeus tomou a sua forma para deitar-se com Alcmena, e Hermes tomou a forma de seu escravo, Sósia, para montar guarda no portão.

Com a gravidez de Alcmena, uma grande confusão foi criada, pois evidentemente, Anfitrião duvidou da fidelidade da esposa.

No fim, tudo foi esclarecido por Zeus e Anfitrião ficou contente por ser marido de uma mulher escolhida do deus.

Daquela noite de amor nasceu o semideus Hércules. A partir daí, o termo anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa". ( ó ceus !!)

Portanto, ANFITRIÃO é sinônimo de CORNO MANSO e FELIZ!

RESUMINDO:
QUANDO DISSEREM QUE VOCÊ É UM BOM ANFITRIÃO FIQUE DE ORELHA EM PÉ.

Cultura demais é uma droga!!!

Fonte: somentebobagem




Posted by alone Dated29aug2011


António Gedeão : Viagem



Aparelhei o barco da ilusão

E reforcei a fé de marinheiro.

Era longe o meu sonho, e traiçoeiro

O mar...

(Só nos é concedida

Esta vida

Que temos;

E é nela que é preciso

Procurar

O velho paraíso

Que perdemos).

Prestes, larguei a vela

E disse adeus ao cais, à paz tolhida.

Desmedida,

A revôlta imensidão

Transforma dia a dia a embarcação

Numa errante e alada sepultura...

Mas corto as ondas sem desanimar.

Em qualquer aventura,

O que importa é partir, não é chegar.

**************************************************

Fonte: http://www.luso-poemas.net/






Posted by alone Dated29aug2011


domingo, 28 de agosto de 2011

Coisas, Pequenas Coisas Fazer das coisas fracas um poema.



Uma árvore está quieta,
murcha, desprezada.
Mas se o poeta a levanta pelos cabelos
e lhe sopra os dedos,
ela volta a empertigar-se, renovada.
E tu, que não sabias o segredo,
perdes a vaidade.
Fora de ti há o mundo
e nele há tudo
que em ti não cabe.

Homem, até o barro tem poesia!
Olha as coisas com humildade.

Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"

O meu "BROTHER" 1lindomenino "está em FESTA"...!!!



O lindomenino está já a ultrapassar aquilo a que se propunha. 114 Países já lá "foram" e 70 e tal mil pessoas já por lá "estiveram". Uns pela curiosidade, outros por engano, outros porque "lhes falaram nele"... é o costume!...



PARABÉNS, "BROTHER"...!!!




Posted by alone Dated28aug2011

Poema de Alexandre O'Neill - Aos Vindouros, se os Houver...



Vós, que trabalhais só duas horas
a ver trabalhar a cibernética,
que não deixais o átomo a desoras
na gandaia, pois tendes uma ética;

que do amor sabeis o ponto e a vírgula
e vos engalfinhais livres de medo,
sem peçários, calendários, Pílula,
jaculatórias fora, tarde ou cedo;

computai, computai a nossa falha
sem perfurar demais vossa memória,
que nós fomos pràqui uma gentalha
a fazer passamanes com a história;

que nós fomos (fatal necessidade!)
quadrúmanos da vossa humanidade.


Alexandre O'Neill, in 'Poemas com Endereço'




Posted by alone Dated28aug2011